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31/Oct/2023

Raízen investe em logística para dar conta da safra

O principal desafio para a Raízen, nesta safra, é a operacionalização da colheita, o transporte e a moagem em meio a uma produção superavitária. As indústrias estão a todo vapor, se encaminhando para o fim da colheita e tudo indica que ainda será preciso antecipar um pouco a safra que vem, para dar conta desse adicional de cana-de-açúcar. A produção de cana-de-açúcar na temporada brasileira 2023/2024 deve ser de 624,5 milhões de toneladas, 13,9% a mais que na última safra, segundo previsões da Datagro. Nesse contexto, a Raízen tem buscado otimizar a logística junto aos 2 mil produtores em 200 municípios, que fornecem 50% da matéria-prima utilizada pela empresa (a outra metade é de produção própria). Todos estão trabalhando no limite. A empresa já havia previsto investimentos maiores neste ano para dar conta da safra, beneficiada pelo clima favorável. Em uma operação que percorre 200 municípios é natural que haja áreas de oportunidade, caminhos mais seguros e rotas logísticas mais eficientes.

Orientar os produtores sobre as melhores rotas é uma das funções do programa Cultivar, desenvolvido pela Raízen. A empresa também atua junto a órgãos públicos para a melhoria da infraestrutura nacional e da segurança nas rodovias. A empresa leva para os produtores uma série de metodologias e práticas para que eles possam ter um canavial robusto, crescente e ambientalmente sustentável. Além de contar com o apoio da empresa com programas como o Elos, de incentivo ao aprimoramento do trabalho dos fornecedores, Berni destaca que os próprios produtores investiram na aquisição de novas máquinas agrícolas e caminhões. Dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) apontam que a moagem continua em forte ritmo, com 32,77 milhões de toneladas moídas na primeira quinzena de outubro, 17,64% a mais que em igual período da última safra, com 27,85 milhões de toneladas.

No acumulado da safra 2023/24, iniciada em abril, a moagem atingiu 525,99 milhões de toneladas, avanço de 14,47% em relação a 2022/2023. A Raízen está investindo em etanol de segunda geração (E2G), produzido a partir de resíduos da produção do etanol comum. A empresa deve inaugurar em breve a sua segunda usina E2G, no município de Guariba, em São Paulo. A primeira usina opera desde 2015 em Piracicaba (SP). Esse reaproveitamento proporciona um aumento em até 50% na produção sem aumento de área plantada. Ainda, esse biocombustível avançado apresenta um índice de 30% menor de emissão de gases do efeito estufa, se comparado ao etanol (E1G). Mais quatro plantas estão previstas para os municípios paulistas de Valparaíso, Barra Bonita, Morro Agudo e Andradina. Até o ano-safra 2030/2031, a empresa pretende ter 20 unidades de produção de (E2G) em operação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.