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31/Oct/2023

Açúcar: futuros pressionados por dólar e petróleo

Os futuros do açúcar demerara fecharam em baixa nesta segunda-feira (30/10) na Bolsa de Nova York. O vencimento março caiu 59 pontos (2,16%), e fechou a 26,75 centavos de dólar por libra-peso. Os futuros podem ter sido influenciados pela desvalorização do petróleo nas bolsas internacionais. O recuo piora a competitividade relativa do etanol, o que pode resultar em um mix mais açucareiro no Brasil. Além disso, o dólar em alta frente ao Real pode ter pesado sobre as cotações, uma vez que torna as exportações mais atraentes para as usinas brasileiras, o que tende a aumentar a oferta global momentaneamente. Outro fator baixista pode ter sido o ritmo de produção no Centro-Sul, que continua forte, de acordo com dados da União da Indústria de cana-de-açúcar e Bioenergia (Unica).

A produção de açúcar na primeira metade de outubro totalizou 2,25 milhões de toneladas, aumento de 21,98% ante o registrado na safra 2022/2023, de 1,84 milhão de toneladas. No acumulado desde 1º de abril, a fabricação de açúcar soma 34,86 milhões de toneladas, contra 28,19 milhões de toneladas do ciclo anterior (+23,65%). Para a Hedge Point, a Região Centro-Sul segue sendo a principal força de baixa do açúcar, no entanto, sua influência segue limitada até o vencimento do contrato de março, o qual geralmente reflete a disponibilidade do Hemisfério Norte. De acordo com levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), fundos diminuíram suas apostas na alta do demerara na Bolsa de Nova York na semana até 24 de outubro. A posição líquida comprada desses agentes caiu 4,83% no período, de 187.183 para 178.132 lotes.