24/Oct/2023

Em São Paulo, os preços médios do açúcar cristal branco iniciaram a última semana apresentando estabilidade no mercado spot, com o Indicador CEPEA/ESALQ (cor Icumsa de 130 a 180) na casa dos R$ 154,00 por saca de 50 kg. Mas, a partir do dia 18 de outubro, os valores do açúcar voltaram a subir e o Indicador CEPEA/ESALQ atingiu R$ 159,13 por saca de 50 Kg no dia 20 de outubro, bem próximo do maior patamar nominal da série histórica, de R$ 159,32 por saca de 50 Kg, registrado no início deste mês. A razão para a alta dos preços internos do açúcar é a exportação, que segue aquecida, diminuindo a disponibilidade para o mercado spot. Ainda assim, no correr dos últimos dias, a liquidez no mercado doméstico apresenta uma pequena melhora, com lotes maiores do cristal sendo negociados. A média do Indicador CEPEA/ESALQ é de R$ 156,16 por saca de 50 Kg, aumento de 0,07% nos últimos sete dias (de R$ 156,05 por saca de 50 Kg).

Na Bolsa de Nova York, os preços do açúcar demerara começaram a semana passada sustentados por previsões de chuvas na Região Sudeste, que poderiam atrapalhar a colheita de cana-de-açúcar. Além disso, segundo a Archer Consulting, a capacidade limitada de transporte para o escoamento da produção brasileira também pode ter influenciado os valores. Problemas como atrasos nos embarques, nomeações de navios e congestionamentos nos armazéns já são observados. Na Ásia, a seca, em decorrência do fenômeno climático El Niño, que atinge a produção de açúcar na Índia, o segundo maior produtor mundial de açúcar, e a Tailândia, o segundo maior exportador do adoçante, também deu sustentação aos preços globais da commodity. No dia 17 de outubro, o pico foi de 27,49 centavos de dólar por libra-peso.

No entanto, no final da semana, as cotações do açúcar foram pressionadas pelo anúncio da Petrobras indicando redução no preço da gasolina no Brasil, em 4,1%, em vigor desde sábado (21/10). Vale lembrar que a gasolina mais barata diminui a competitividade do etanol, o que pode levar as usinas brasileiras a aumentarem o mix de produção em favor do açúcar. Ainda assim, previsões mostrando aumento da produção de açúcar na atual temporada brasileira (2023/2024) e expectativa de melhora na produção do adoçante na Europa pesaram sobre as cotações internacionais do açúcar. O contrato Março/2024 na ICE Futures está cotado a 26,85 centavos de dólar por libra-peso, queda de 0,67% nos últimos sete dias. Em São Paulo, o Indicador de Cristal Empacotado está cotado a R$ 16,89 por saca de 5 Kg, baixa de 0,58% nos últimos sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 3,66 por saca de 1 Kg, recuo de 0,22% no mesmo período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.