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20/Oct/2023

Petrobras: guerra não deverá interferir no petróleo

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou não esperar que a guerra entre Israel e o Hamas se alastre pela região a ponto de afetar os combustíveis no mercado internacional. Para ele, os “espasmos” registrados no preço do petróleo após a deflagração do conflito no Oriente Médio são característicos e duram pouco. Ele também ressaltou que os preços do petróleo no mercado internacional já estavam em alta por outros motivos. Além disso, afirmou que nenhuma instalação de combustível foi atingida no conflito até agora. Jean Paul Prates voltou a celebrar o fim do Preço de Paridade de Importação (PPI), política que vigorava desde o governo Michel Temer e promovia reajustes frequentes nos combustíveis com base no dólar e na cotação do barril no mercado internacional.

Segundo ele, o PPI favorecia apenas os importadores mais ineficientes. A Petrobras está reativando a capacidade de investimento, mas com estabilidade de preços. Os preços estão acessíveis, apesar de tratar-se de uma fase de preço mais aguda agora em função do mercado internacional. A referência do mercado internacional não foi totalmente perdida, mas os preços estão estabilizados, o que é muito importante para a economia brasileira. A Petrobras atingiu recordes de produção diária de petróleo, de utilização de refinarias e de processamento de gás natural do pré-sal. A empresa tem focado na transição energética, especialmente na produção de energia eólica em alto-mar (offshore).

Além disso, Prates acredita que, em breve, poderá explorar petróleo na Foz do Amazonas, que faz parte da Margem Equatorial, alvo de disputa entre a empresa e o Ministério de Minas e Energia (MME), favoráveis à exploração, e o Ministério do Meio Ambiente (MMA), que é contrário. Na quarta-feira (18/10), o preço do barril de petróleo voltou a subir no mercado internacional, em meio às preocupações com os desdobramentos da guerra entre Israel/Hamas e aos sinais de queda dos estoques nos Estados Unidos. O tipo Brent (referência para mercados como o brasileiro) avançou 1,77% (US$ 1,60), e atingiu US$ 91,50 por barril na Intercontinental Exchange (ICE) no dia 18 de outubro. No Brasil, o presidente da Petrobras afirmou que, no momento, não há indícios de que a guerra no Oriente Médio possa interferir no preço dos combustíveis no varejo. Contudo, se o conflito se alastrar, seria a “tempestade perfeita” no mercado de petróleo e gás. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.