18/Oct/2023

Segundo a StoneX, as usinas do Centro-Sul do Brasil estão com estoque elevado de etanol, apesar do mix cada vez mais açucareiro. O início da safra de cana-de-açúcar na região mostrou fortes ganhos na produtividade agrícola e resultou em grande produção de etanol. Porém, os volumes de saída do etanol são insuficientes para que as usinas se desfaçam da produção. Muitas comercializadoras se encontram próximas de seus limites de tancagem, e por isso o momento para o hidratado é de demanda bastante elevada, mas preços em estabilidade.

A paridade no estado de São Paulo, o maior consumidor de combustíveis, ficou abaixo de 70% em junho. Contudo, o consumo do hidratado foi reagir aos menores níveis de paridade apenas em agosto, quando o consumo no Brasil foi de quase 1,4 bilhão de litros. Em setembro, a paridade em São Paulo se estabilizou abaixo de 62%, o que deverá estimular a demanda no curto prazo. Em setembro e outubro a demanda costuma ser parecida com a de agosto. Essa alta demanda e uma diminuição da produção do hidratado a partir de novembro, quando se intensifica a entressafra, devem contribuir para o início de uma trajetória de redução dos estoques, o que dará às usinas maior margem para elevarem seus preços.

Outro fator relevante a ser observado é o mercado de petróleo, que está fortalecido internacionalmente refletindo as expectativas de aperto no balanço da commodity até o final do ano. Embora a política atual da Petrobras ainda não seja clara, a possibilidade de se repetir a alta no derivado fóssil como foi em agosto pode ser um fator altista para o álcool, uma vez que uma gasolina mais cara diminui ainda mais a paridade nos postos e estimula o consumo do hidratado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.