11/Oct/2023

O barril de petróleo avançou na segunda-feira (09/10), como reflexo do ataque do grupo Hamas a Israel, reforçando o temor de analistas de que os bancos centrais nos Estados Unidos e na Europa tenham de elevar os juros para se contrapor a um repique da inflação. No caso brasileiro, a avaliação é de que o conflito representará mais um teste para a Petrobras, que deixou de seguir um modelo de correção automática de preços com base nas cotações no exterior.

O barril do petróleo WTI para novembro registrou alta de 4,33% na segunda-feira (09/10), negociado a US$ 86,38 por barril na New York Mercantile Exchange (Nymex). A variação corresponde ao maior aumento nominal em seis meses. O Brent (referência para o Brasil) para dezembro subiu de 4,22%, a US$ 88,15 por barril, na Intercontinental Commodity Exchange (ICE). A Faixa de Gaza, epicentro dos confrontos, não é um polo indispensável na produção petrolífera.

O que preocupa os analistas é o risco de a guerra envolver outros países da região. A StoneX chamou a atenção para as informações de que o Irã poderia ter tido participação na organização dos ataques. O governo do Irã já negou envolvimento com a investida do Hamas, mas a possibilidade de um contra-ataque israelense ao Irã preocupa, uma vez que o país abriga o Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% do petróleo consumido no mundo.

Para a Capital Economics, os riscos para o mercado de petróleo vão depender da duração do novo conflito e da eventual participação de outros países. O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera que o preço do petróleo termine 2023 em uma média de US$ 80,50 por barril, e continue caindo até uma média de US$ 72,70 por barril em 2026. As restrições à oferta da commodity têm contido a queda nos preços, mas eles permanecem em níveis muito mais baixos do que há um ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.