03/Oct/2023

Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta segunda-feira (02/10) na Bolsa de Nova York, pela terceira sessão consecutiva. O vencimento março caiu 13 pontos (0,49%) e encerrou o pregão em 26,35 centavos de dólar por libra-peso. Os preços podem ter sido pressionados pelo recuo do petróleo nos mercados internacionais, o que piora a competitividade relativa do etanol, podendo influenciar em um mix mais açucareiro no Brasil. Além disso, o ritmo forte de fabricação de açúcar no Centro-Sul do Brasil pode ter pesado contra os preços.

No acumulado da safra 2023/2024 (abril até 16 de setembro), a região já produziu 29,26 milhões de toneladas de açúcar, aumento de 19,68% na comparação anual. Analistas têm dito, no entanto, que a região precisa do clima mais favorável possível para maximizar a produção e tentar preencher a lacuna que provavelmente será deixada por Índia e Tailândia na próxima temporada global. De acordo a StoneX, o Centro-Sul deve moer 623,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e produzir 39,9 milhões de toneladas de açúcar em 2023/2024, ambos volumes recordes. Para 2024/2025, a expectativa é de processamento de 629,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e fabricação de 41,1 milhões de toneladas de açúcar.

Entretanto, o dólar valorizado ante o Real e a preocupação com a oferta dos países asiáticos podem ter limitado quedas mais bruscas. As expectativas para Índia e Tailândia trazem uma visão pouca animada em termos de oferta para o final da temporada 2023/2024. O tempo seco na Índia em agosto vai afetar negativamente a safra do país, apesar da melhora das chuvas em setembro. A estimativa da produção indiana em 2023/2024 foi reduzida em 1,3 milhão de toneladas na comparação com a previsão de julho, para 30 milhões de toneladas.