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02/Oct/2023

Cana: projeção de moagem recorde em 2023/2024

Segundo a StoneX, a moagem de cana-de-açúcar no ciclo 2023/2024 (abril a março), no Centro-Sul do Brasil, deve alcançar 623,6 milhões de toneladas, o que seria um volume recorde e uma alta de 13,7% em comparação com a temporada anterior 2022/2023, projetada em 548,3 milhões de toneladas. As perspectivas para produtividade dos canaviais, assim como na estimativa anterior, permanecem otimistas. O TCH (Tonelada de Cana por Hectare) foi reajustado para 85,00 toneladas por hectare, que se concretizado, apresentará uma alta de 15,9% no comparativo entre safras.

Em relação a área a ser colhida, as estimativas indicam para uma retração de 2,15% em relação à safra anterior, devendo totalizar 7,33 milhões de hectares. Em virtude do comportamento da safra e do grande volume de chuvas que incidiu na região durante o desenvolvimento das lavouras, estima-se uma redução no Açúcar Total Recuperável (ATR) médio para 137,7 Kg de açúcar por tonelada de cana-de-açúcar colhida. Essa redução vem em linha com a melhora do TCH, uma vez que, em condições climáticas favoráveis, a cana-de-açúcar tende a acumular menos sacarose em seus colmos.

Com relação ao mix produtivo, deve ocorrer um crescimento gradual no volume de cana-de-açúcar destinada à produção de açúcar, com um mix açucareiro estimado de 48,8%. Assim, a produção de açúcar ficou projetada em 39,9 milhões de toneladas, crescimento de 18,4% em relação a 2022/2023 e, se consumado, a maior produção de açúcar das usinas. O consumo de combustíveis do Ciclo Otto tem registrado crescimento significativo na safra corrente, tendo no acumulado da temporada (abril a julho) apontado um aumento de 9,3% em relação ao mesmo período de 2022/2023.

A StoneX prevê crescimento estimado para o consumo de Ciclo Otto em 5,0%, devendo totalizar 43,96 milhões de m³. Dessa forma, considerando a dinâmica entre o etanol hidratado e a gasolina, o share (participação) de hidratado estimado na safra deve ficar em 25,0%, totalizando um consumo de 15,7 milhões de m³, 13,4% superior à safra anterior. A oferta do biocombustível de cana-de-açúcar, por sua vez, ficou projetada em 25,8 milhões de m³, alta anual de 5,3%.

Especificamente, estima-se uma produção de 15,2 milhões de m³ de hidratado e 10,6 milhões de m³ de anidro, avanço anual na ordem de 9,0% e 0,3%, respectivamente. Para a produção do biocombustível derivado do milho ficou estimado um crescimento anual de 35,4% totalizando 6,0 milhões de m³, detalhado em 3,6 milhões de m³ de hidratado (+35,1%) e 2,4 milhões de m³ de anidro (35,7%). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.