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02/Oct/2023

Cana: projeção da safra 2024/2025 no Centro-Sul

Segundo a StoneX, a moagem de cana-de-açúcar na safra 2024/2025 (abril a março) no Centro-Sul deve totalizar 629,3 milhões de toneladas, em comparação com 623,6 milhões de toneladas da temporada anterior 2023/2024, o que representaria aumento anual de 0,9%, renovando os recordes do setor, que devem ser superados já na safra corrente. A área canavieira, por sua vez, deve observar recuperação em 2024/2025. Com os atrasos de 2022/2023 e a alta produtividade dos canaviais na safra atual, as usinas terão de colher parte das lavouras na próxima temporada. Além disso, a conjuntura para o setor sucroenergético se mostra favorável para a ampliação dos investimentos na produção. Sendo assim, a estimativa é de que a extensão da área colhida de cana-de-açúcar tenha crescimento anual de 6,0%, totalizando 7,78 milhões de hectares.

Em meio à expectativa de um quadro climático mais próximo da normalidade, os canaviais devem passar, em 2024, por um inverno e um outono mais típico da região, com menores volumes de chuvas e temperaturas mais baixas das observadas em 2023. Com isso, espera-se que o ATR médio das lavouras apresente ligeiro avanço frente ao estimado para a temporada 2023/2024, na ordem de 0,6%, totalizando 138,5 Kg por tonelada. Tal perspectiva, contudo, poderá ser revisada caso a ocorrência do El Nino permaneça em evidência nos meses de outono em 2024. O mix produtivo, assim como no ciclo atual, deve continuar favorecendo a produção de açúcar, uma vez que o mercado global do adoçante continua registrando quebra na produção de importantes players, fornecendo assim um suporte altista para os preços da commodity.

Em contrapartida, o mercado de etanol, apesar de voltar a mostrar recuperação na demanda, ainda não encontra um suporte sólido para aumentar seus preços e competir na paridade com o açúcar. Para o ciclo 2024/2025, a safra apresenta uma tendência de crescimento no mix açucareiro, estimando-se que 49,5% do volume de biomassa processada deverá ser destinado à produção de açúcar, alta de 0,7% do mix projetado para 2023/2024. Com isso, a oferta de açúcar pelo Centro-Sul em 2024/2025 deve totalizar 41,1 milhões de toneladas (+3,0%), ao passo que a destilação de etanol de cana é estimada em 25,8 milhões de m³ (+0,2%). Especificamente, a produção de hidratado deve ser de 16 milhões de m³, avanço safra-a-safra de 5,3%, enquanto 9,8 milhões de m³ de anidro devem ser ofertados pelas usinas do Centro-Sul (-7,0%). O setor continua acompanhando as atualizações no mercado de combustíveis, visto as novas dinâmicas na precificação da gasolina, que mesmo com o fim da Política de Paridade da Petrobras, segue recebendo reajustes.

Além disso, o consumo de combustíveis tem registrado um crescimento significativo na safra atual, devendo manter essa tendência de alta para o próximo ciclo. Diante dessas mudanças, foi projetado um crescimento para o consumo de Ciclo Otto de 1,0% e, considerando uma maior competitividade para o etanol, estimou-se um share do hidratado de 26,5%. A produção de etanol de milho deve continue ganhando espaço no mercado de etanol e apresentar crescimento anual de 12,1%, totalizando 6,5 milhões de m³, levando a produção total do biocombustível na temporada para 32,3 milhões de m³, alta de 2,4% frente ao volume estimado pela StoneX para a safra 2023/2024. O setor da destilação do etanol pelo grão vem crescendo exponencialmente na Região Centro-Oeste do Brasil, e deve ganhar cada vez mais importância no mercado alcooleiro do País, com expectativa para os próximos anos de abertura de novas usinas e ampliação da capacidade produtiva em outras regiões do Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.