25/Sep/2023

Os futuros de açúcar demerara fecharam em leve alta na sexta-feira (22/09) na Bolsa de Nova York. O vencimento março subiu 2 pontos (0,07%) e encerrou a sessão em 27,28 centavos de dólar por libra-peso. Os preços podem ter sido impulsionados pelo dólar enfraquecido ante o Real. A moeda norte-americana operando em baixa diante da brasileira tende a desestimular as exportações das usinas brasileiras, podendo reduzir a oferta global do adoçante momentaneamente. Além disso, a 1ª Conferência de Açúcar e Bioenergia da Índia, que está sendo realizada em Nova Délhi, tem rendido percepções altistas.

A produção indiana de açúcar na próxima temporada será menor do que a do ano passado. Segundo a European Supermarket Magazine, a Índia provavelmente não vai exportar no ano que vem. Também há preocupações com a produção da Índia na temporada 2024/2025. No entanto, alguns comentários podem ser exagerados, principalmente considerando a melhora do clima na Índia nos últimos dias. Com as chuvas em Maharashtra nos últimos dias, os reservatórios parecem estar se recompondo, o que vai ajudar a safra do próximo ano. Outra melhora recente é na Tailândia, que também tem registrado boas chuvas.

A expectativa por uma safra brasileira maior também pode ter limitado altas mais expressivas. A Hedge Point afirmou que o Centro-Sul poderia chegar a 622,2 milhões de toneladas ao fim da safra, considerando a média de 10 anos, ou a 627,4 milhões de toneladas, tendo a temporada 2015/2016 como referência. Para a ED&F Man, mesmo com os desafios logísticos, o Brasil deverá conseguir exportar mais de 30 milhões de toneladas de açúcar em 2023/2024. Esta temporada poderá render vários recordes, tanto no campo quanto nas usinas e nos portos.