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22/Sep/2023

Açúcar: clima no Brasil e petróleo elevam futuros

Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta quinta-feira (21/09) na Bolsa de Nova York. O vencimento março subiu 11 pontos (0,41%) e fechou a 27,26 centavos de dólar por libra-peso. O petróleo operando em alta nos mercados internacionais e a perspectiva de uma safra reduzida na Índia podem ter sustentado as cotações. Para o Rabobank, a oferta de açúcar no mercado de exportação deverá ficar mais apertada no primeiro semestre de 2024, o que justificaria o recente aumento dos preços na Bolsa de Nova York.

Por isso, será importante acompanhar o clima nos próximos meses, tanto no Brasil quanto na Ásia, onde as novas safras começarão no quarto trimestre. No entanto, os preços também podem ter sido pressionados pelo dólar fortalecido ante o Real. A moeda norte-americana operando em alta diante da brasileira tende a estimular as exportações das usinas brasileiras, podendo aumentar a oferta global do açúcar momentaneamente. Além disso, a perspectiva de uma safra maior do que a esperada anteriormente no Centro-Sul do Brasil também pode ter pesado.

Considerando os números até agora, de 406,6 milhões de toneladas de cana processadas, a Hedge Point estima que seria possível chegar a 622,2 milhões de toneladas ao fim da safra, considerando a média de 10 anos, ou a 627,4 milhões de toneladas, tendo a temporada 2015/2016 como referência. Aquela foi a última safra que enfrentou um El Niño de forte intensidade. Além disso, a redução da demanda da China é outro fator baixista. De acordo com a Administração Geral de Alfândegas da China (GACC), o país importou 370 mil toneladas de açúcar em agosto, queda de 45,6% ante igual mês do ano passado.