18/Sep/2023

Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), com o projeto de lei do Combustível do Futuro, o governo leva a pauta dos biocombustíveis na transição energética para dentro do Executivo. O governo internaliza o papel dos biocombustíveis na transição energética e mostra com ações concretas que o tema é relevante para o mundo e para o governo. O movimento aconteceu na semana que o presidente Lula lançou em Nova Délhi (na Índia) a aliança global de biocombustíveis.

Esta é uma resposta concreta do governo no tema. O Congresso Nacional vai refletir sobre o tema. Sobre a perspectiva do setor, o projeto tem muita consistência técnica e captura adequadamente as oportunidades para ter os biocombustíveis no adequado processo de transição energética. Sobre o aumento do limite de etanol anidro na gasolina C de 27,5% para 30%, a entidade destaca o fato de que a adição de maior teor de etanol gerar uma gasolina com melhor performance e mais sustentável.

Aumentar etanol aumenta a octanagem na gasolina e diminui as emissões de CO² na gasolina. O setor tem mostrado historicamente o compromisso com abastecimento na mistura e tem capacidade de incrementar essa mistura do etanol na gasolina. Quanto à viabilidade técnica do maior teor, a Unica considerou correta a postura do governo de dialogar com a indústria automotiva e os produtores de biocombustíveis para melhorar a performance e a qualidade do combustível.

Em virtude do diferencial tributário, o fato do etanol na gasolina levou à redução histórica dos preços da gasolina. Para a Unica, o arcabouço regulatório pode atrair novos investimentos no setor. Com toda essa visão e demanda por descarbonização, o Brasil tendo um arcabouço regulatório, que entende o papel dos biocombustíveis e valoriza esse papel, há possibilidade de responder o incremento de oferta com investimentos e entrega de descarbonização. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.