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18/Sep/2023

Combustível do Futuro visa incentivar uso do SAF

A medida proposta pelo governo para reduzir as emissões de carbono pode aumentar o preço do querosene de aviação nos próximos anos. Segundo estimativas, o mandato proposto no Projeto de Lei do Combustível do Futuro geraria uma elevação de até 4% no preço do litro do combustível para cada ponto percentual de redução de emissões. A estimativa consta em documento assinado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O texto, que ainda precisa ser aprovado pelo Congresso prevê a criação do Programa Nacional de Combustível de Aviação, que tem como objetivo o incentivo à produção e ao uso do Combustível Sustentável de Aviação (SAF). O SAF é obtido a partir de matérias-primas renováveis como gorduras de origem vegetal e animal, cana-de-açúcar, etanol, resíduos, ou outras fontes de baixo carbono.

O objetivo é fomentar o uso e a fabricação do SAF, reduzindo, de forma gradual, a quantidade de CO2 emitida pelo setor aéreo. A proposta do Executivo estabelece mandato de redução de emissões para o período de 2027 e 2037. Pelo texto, os operadores aéreos ficam obrigados a reduzir as emissões de dióxido de carbono conforme o cronograma, por meio da utilização de mistura de combustível sustentável de aviação ao querosene de aviação fóssil. De acordo com o documento, a estimativa do impacto econômico da medida foi realizada a partir das cotações atuais de SAF no mercado internacional, em uma conjuntura de elevada demanda e baixa oferta do combustível sustentável. Os volumes não refletem, ainda, os ganhos a serem adquiridos a partir da curva de aprendizado e do aumento da produção esperados desses combustíveis.

Com isso, aguarda-se, em 2027, impacto significativamente menor do que o estimado. O ministro de Minas e Energia afirmou que o mundo esperava do Brasil um mandato para o SAF. O mundo conhece a potencialidade que o País tem em termos de matéria-prima para a produção do SAF, graças à política do etanol implementada pelo presidente Lula em 2003. Com esse mandato criado para o SAF, que tem números para dar garantia aos investidores que vão de 2027 a 2037, até para que a gente cumpra os compromissos internacionais de descarbonização, é uma demonstração clara de que o Brasil vai priorizar os biocombustíveis e que a aliança global assinada pelo presidente Lula vai avançar de forma célere. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.