ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

12/Sep/2023

Brasil diversifica matérias-primas de biocombustíveis

Empresas brasileiras estão aperfeiçoando e diversificando matérias-primas para a produção de combustíveis renováveis como parte do esforço para acelerar a descarbonização dos meios de transporte. A avaliação é de que a popularização dos veículos elétricos no País só deve ocorrer no longo prazo. Esse processo industrial envolve de etanol de cereal ao desenvolvimento de novas variedades de cana-de-açúcar. Os projetos envolvem duas rotas distintas de produção de biocombustíveis a partir de matérias-primas renováveis: uma para automóveis e, outra, para caminhões e ônibus. No caso dos carros de passeio, o etanol continua sendo a principal opção no mercado brasileiro para modelos flex e híbridos flex.

O produto também pode entrar no processo de produção de hidrogênio para veículos movidos a célula de combustível (quando o hidrogênio reage com o oxigênio que vem do ambiente, criando uma corrente elétrica que alimenta o motor). Entre os que já trabalham nesse desenvolvimento, estão nomes como Toyota, Shell e Raízen. A cana-de-açúcar responde hoje por 85% da produção do etanol, e passa por melhoramento genético para ampliar sua produtividade em cerca de 40%. O milho fica com os outros 15%, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). Em breve, novos grãos e plantas também serão matéria-prima para a produção do combustível. Em 2025, a empresa Be8 (antiga BSBios) iniciará a produção em grande escala de etanol de cereais, o milho é um deles, mas também serão usados trigo, sorgo, cevada e triticale, os chamados grãos de inverno.

A usina, com sede em Passo Fundo (RS), terá investimentos de R$ 556 milhões. A Be8 afirma que o mercado do Rio Grande do Sul é quase todo abastecido por etanol “importado” de outros Estados por não ser produtor de cana-de-açúcar em razão do clima mais frio. Esses cereais são ricos em amido, produto que será usado para fazer o etanol. A usina terá capacidade anual de 220 milhões de litros de etanol e vai atender a 23% da atual demanda do Rio Grande do Sul. Outra matéria-prima em desenvolvimento é a agave, planta típica de regiões semiáridas. A Shell trabalha em parceria com o Senai Cimatec para aproveitar a biomassa da agave na produção do etanol, assim como do biogás e do biodiesel. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.