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16/Aug/2023

Açúcar: dólar e petróleo pressionam preços futuros

Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta terça-feira (15/08) na Bolsa de Nova York. O vencimento outubro perdeu 28 pontos (1,16%), e fechou a 23,77 centavos de dólar por libra-peso. O dólar valorizado em relação ao Real pode ter sido um fator de pressão, já que tende a tornar as exportações mais interessantes para as usinas brasileiras, o que pode gerar uma oferta global maior momentaneamente.

Além disso, o petróleo em queda nos mercados internacionais pode ser baixista para os contratos, pois piora a competitividade relativa do etanol e pode influenciar em um mix mais açucareiro no Brasil. As boas perspectivas para a safra do Brasil também podem ter estimulado as perdas. Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), as usinas do Centro-Sul processaram 52,96 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na segunda quinzena de julho, aumento de 7,81% ante igual período da safra anterior.

A produção de açúcar aumentou 11,29% na mesma comparação, para 3,68 milhões de toneladas. No acumulado parcial da safra 2023/2024, a moagem soma 311,32 milhões de toneladas, aumento de 9,74% na comparação anual. A fabricação de açúcar totaliza 19,17 milhões de toneladas, alta de 19,79%. O mix está em 51,38% para o etanol e 48,62% para o açúcar. Para a Archer Consulting, não parece haver nenhuma dúvida de que o açúcar na Bolsa de Nova York vai precisar de muito ânimo, muita instabilidade climática para conseguir se manter acima dos 22,00 centavos de dólar por libra-peso no final de 2023. Será uma tarefa árdua.