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16/Aug/2023

Combustíveis: setor registra restrições nas entregas

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) afirmou que atualmente há uma restrição nas entregas de combustíveis em algumas bases de distribuição para os postos, o que não significa necessariamente falta de produtos para a ponta final da cadeia (postos e distribuidoras). A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que os níveis de estoques estão em normalidade. Conforme a agência, até o momento, nenhuma distribuidora relatou estar operando abaixo dos estoques mínimos.

Com a alta da cotação do petróleo no mercado internacional, as refinarias da Petrobras passaram a comercializar combustíveis por custos menores no mercado interno, o que pode ter impactos sobre a importação e para as refinarias privadas do País. De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), no período entre 4 e 10 de agosto, a defasagem de preços da gasolina comercializada pela Petrobras em relação aos preços internacionais é de 31,15% (R$ 1,14 por litro) e a do diesel atinge 27,68% (R$ 1,17 por litro). Hoje, o Brasil precisa contar com a importação de óleo diesel e gasolina para manter o abastecimento no País, o que tem causado preços mais elevados, de forma generalizada, tanto para as distribuidoras quanto para os postos.

É preciso informar a sociedade que eventuais aumentos de preço não são culpa dos revendedores (postos de abastecimento). De acordo com levantamento da ANP, o preço do diesel subiu 1,6% nos últimos sete dias, refletindo a escassez do produto e o preço das refinarias privadas, atualmente cerca de R$ 1,00 por litro acima das refinarias da Petrobras. Também deve-se levar em consideração outro reflexo do produto importado para o mercado interno. Com a diferença de valores entre os combustíveis adquiridos no mercado externo e os comercializados pelas refinarias da Petrobras, a janela de importação pode fechar em determinados períodos, eventualmente causando diminuição de produto disponível no País.

Os postos de marca própria (bandeira branca) podem ter dificuldades para adquirir combustíveis a preços competitivos, em virtude do aumento de custos generalizado por parte das distribuidoras. Além disso, em uma situação de restrição de combustíveis, as distribuidoras nacionais priorizam as entregas de produto para os postos da sua rede bandeirada, visando o cumprimento dos contratos. Ou seja, em alguns locais, pode ocorrer restrições pontuais de fornecimento pelas distribuidoras, principalmente para os postos marca própria. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.