15/Aug/2023

Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta segunda-feira (14/08) na Bolsa de Nova York, em ajuste técnico após ganhos nas últimas três sessões, acumulando valorização de 2,5% na semana passada. O vencimento outubro perdeu 28 pontos (1,15%), e fechou a 24,05 centavos de dólar por libra-peso. O dólar em valorização ante o Real pode ter sido um fator de pressão, já que tende a tornar as exportações mais interessantes para as usinas brasileiras, o que pode gerar uma oferta global maior momentaneamente.

Ainda, os contratos podem ter sido pressionados pelo petróleo em queda nos mercados internacionais, piorando a competitividade relativa do etanol e podendo influenciar em um mix mais açucareiro no Brasil. A moagem de cana-de-açúcar também pode ter sido considerada pelo mercado. A consultoria HedgePoint estima que o Centro-Sul do Brasil vai processar 616 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, o que representaria produção de 39,4 milhões de toneladas de açúcar no ciclo 2023/2024 (abril de 2023 a março de 2024).

No entanto, embora o mercado discuta moer 620 milhões de toneladas, o resultado dependeria de uma safra muito próxima à perfeição. As usinas podem enfrentar dificuldade para manter o ritmo acelerado de moagem. Além disso, na sexta-feira (11/08), o resultado do levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) sobre a posição de fundos e especuladores mostrou diminuição de apostas na alta do demerara na Bolsa de Nova York até 8 de agosto. A posição líquida comprada desses agentes caiu 16,4% no período, de 133.532 para 111.626 lotes.