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28/Jul/2023

CBios: preços não estimulam mais investimentos

Para a Copersucar, o retorno que a política brasileira de incentivo à descarbonização do RenovaBio gera às usinas é insuficiente para estimular a indústria a investir com foco no programa. O preço intrínseco do RenovaBio não estimula investimentos. No entanto, o RenovaBio trouxe “um despertar” para agenda de descarbonização. Com três anos de implementação, o RenovaBio ainda é jovem e há muito a ser melhorado. Apesar dessa percepção, a Copersucar, maior cooperativa brasileira de açúcar e etanol, estimula cada vez mais as cooperadas a se integrarem ao programa.

O ganho de eficiência de carbono gera um ganho de eficiência operacional. O objetivo é que as 37 usinas adotem práticas para melhorar nota no RenovaCalq (métrica que estabelece as notas de descarbonização da indústria). A BP Bunge Bioenergia afirmou que com os Créditos de Descarbonização (CBios) cotados a R$ 100,00 por título o retorno para a indústria é em torno de 3% a 4% no etanol comercializado. Ninguém está investindo por causa do RenovaBio, não são os R$ 100,00 que estão fazendo o setor investir. Era preciso deixar a demanda “apertar” para que os preços pudessem avançar para patamares mais interessantes para a indústria.

No entanto, da última vez que houve esse estímulo do lado da procura, houve uma interferência externa que impediu a acomodação das cotações. Em 2022, quando o preço de cada crédito de descarbonização alcançou os R$ 200,00, o governo federal prorrogou os prazos de aquisição dos títulos do programa, aliviando a pressão do lado da demanda. Se tivermos houver estabilidade na definição dos preços via oferta e demanda, os investimentos voltam. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.