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10/Jul/2023

Combustíveis e os preços no 1º semestre de 2023

Segundo levantamento do Veloe, hub de mobilidade e gestão de frota, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), apenas o preço da gasolina fechou em alta no final do primeiro semestre do ano em relação ao final do ano passado, que apontou alta média de 10% para o combustível na comparação de junho 2023 com dezembro de 2022. O diesel S-10 encerrou o primeiro semestre em queda de 20,7%; o Gás Natural Veicular (GNV) ficou 11,3% mais barato; e o etanol teve queda de 0,3%. Para os consumidores da Região Norte do País, o impacto da gasolina foi ainda maior, com destaque para Amazonas e Rondônia, os mais afetados, com aumento médio de 15% no valor cobrado pela gasolina comum, informa o Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade. Comparativamente, os dados de junho contra maio evidenciaram que todos os seis combustíveis monitorados apresentaram quedas nos respectivos preços médios, embora com magnitudes distintas: diesel comum (-6,1%), diesel S-10 (-6,1%), etanol hidratado (- 4,7%), GNV (-1,4%), gasolina comum (-0,5%) e aditivada (-0,1%).

Diversos fatores têm colaborado para explicar a dinâmica recente dos preços praticados no mercado interno, como o comportamento dos preços internacionais do petróleo e seus derivados, a apreciação da moeda brasileira, mudanças na política de preços praticados pela Petrobras, e a vigência do novo modelo de cobrança de impostos pelos Estados e Distrito Federal (ICMS). Como resultado da interação desses e outros fatores no tempo, no horizonte ampliado dos últimos 12 meses, todos os seis combustíveis registraram quedas expressivas em seus respectivos preços: diesel comum (-29,9%), diesel S-10 (-29,5%), gasolina comum (-25,2%), gasolina aditivada (-24,4%), etanol hidratado (-22,8%) e GNV (-18,4%). O Veloe calculou também que no primeiro trimestre de 2023 encher um tanque de 55 litros com gasolina comum consumiu, em média, 5,9% da renda dos brasileiros.

De acordo com o Indicador de Poder de Compra de Combustíveis, o peso no orçamento das famílias retornou ao patamar pré-pandemia, tanto na média nacional (5,9%) quanto na média das capitais (3,7%), mostrando estabilidade frente aos porcentuais apurados no último trimestre de 2022. O cálculo apresenta o percentual da renda domiciliar mensal (apurado pela Fipe a partir de dados da PNAD/IBGE) necessário para custear um tanque com capacidade para 55 litros de gasolina comum. O Indicador Custo-Benefício Flex apontou, com base nos dados de junho de 2023, que o preço médio do etanol hidratado correspondeu a 75,2% do valor cobrado pela mesma quantidade de gasolina comum, porcentual que corresponde a um decréscimo em relação à apuração de maio (77,6%). Avaliando-se o custo e o rendimento médio dos combustíveis na média nacional, os últimos resultados apontam uma vantagem marginal para quem opta pelo abastecimento com gasolina. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.