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04/Jul/2023

Brasil: gasolina abaixo do preço no Golfo dos EUA

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), após duas quedas em junho, o preço médio da gasolina nas refinarias da Petrobras está R$ 0,48 por litro mais barato do que no Golfo do México, usado como parâmetro para importações. De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), essa diferença está favorável em R$ 0,52 por litro para o consumidor brasileiro. Na média das duas avaliações, a vantagem para o consumidor já é de R$ 0,50 por litro em relação ao mercado internacional. No dia 30n de junho, a Petrobras reduziu o preço da gasolina em 5,3%, para R$ 2,52 por litro nas refinarias. Se a estatal ainda seguisse a política de preços de paridade de importação (PPI), a defasagem seria de 16%, tanto na avaliação da Abicom como do Cbie. A Acelen, refinaria privada que mantém a PPI, negocia em média a gasolina a R$ 2,66 por litro, após uma redução de preços promovida no dia 29 de junho nos 15 mercados que atende com o produto.

De acordo com a Abicom, a janela de importação da gasolina está há 47 dias fechada. O combustível, ao contrário do diesel, depende pouco de compras externas no Brasil. No ano passado, as importações de gasolina significaram cerca de 14% da oferta, contra 31% do diesel. Este ano, a Petrobras está aumentando o Fator de Utilização (Fut) das suas refinarias, o que pode ajudar a reduzir mais a dependência externa da gasolina e do diesel. Em maio, as unidades da companhia atingiram Fut de 95%, o melhor índice desde 2015. Segundo a empresa, na segunda quinzena do mês, o nível chegou a superar os 99%. De acordo com a Petrobras, o aumento do Fut da estatal faz parte do plano de "abrasileirar" o preço dos combustíveis vendidos no Brasil. Porém, "abrasileirar" o preço dos combustíveis não significa se desgarrar da economia global ou do preço internacional de referência.

Pela nova estratégia comercial para diesel e gasolina, anunciada em maio, a Petrobras passou a negociar seus preços de acordo com duas premissas: o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a empresa. O presidente da estatal afirmou que de nada vale ter autossuficiência em petróleo e deter um dos maiores parques de refino do mundo se não houver vantagem para o consumidor nacional. Mas, o preço da gasolina ainda não absorveu todo o impacto da volta de cobrança dos impostos federais PIS/Cofins no dia 29 de junho e ainda pode subir na próxima aferição da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na semana de 25 de junho a 1º de julho, a gasolina subiu 0,2%, atingindo preço médio de R$ 5,36 por litro nos postos de abastecimento. Há um ano, o preço médio medido pela ANP era de R$ 7,13 por litro da gasolina nos postos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.