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03/Jul/2023

Petrobras anuncia redução no preço da gasolina

A Petrobras informou na sexta-feira (30/06) que vai reduzir em 5,3% o preço da gasolina nas suas refinarias a partir do dia 1º de julho. O preço para as distribuidoras passa a ser de R$ 2,52 por litro, ou menos R$ 0,14 por litro em relação ao preço anterior. A última queda do combustível foi realizada no dia 15 de junho (-4,66%). A redução aconteceu dois dias depois da volta da cobrança de impostos federais sobre o combustível. A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) havia alertado que se nada fosse feito, o repasse de 100% do custo fiscal das distribuidoras para a revenda poderia significar o aumento de R$ 0,33 por litro para a gasolina.

No dia 16 de junho, a Petrobras reduziu o valor da gasolina em 4,3%, para compensar a volta da cobrança do ICMS. Um mês antes, a estatal anunciou queda de 12,6% para o combustível. Os preços internos vêm sendo ajudados pela cotação do petróleo, que vem encontrando resistência para voltar ao patamar de US$ 80,00 por barril e tem sido negociado em torno dos US$ 75,00 por barril. Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 1,84 por litro vendido na bomba.

A redução do preço da Petrobras tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional. Para a Quantitas, a redução de 5,3% no preço da gasolina nas refinarias terá impacto negativo de 0,12 ponto porcentual sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho. Como o corte é válido a partir do dia 1º de julho, o impacto ficará concentrado no mês de julho.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu a segunda redução da gasolina no mês de junho (-5,3%), que segue outra baixa, de 4,6%, no dia 16 de junho. O movimento acontece dias depois da volta dos impostos federais (PIS/Cofins) sobre o combustível, que poderia levar ao aumento do preço da gasolina nos postos de abastecimento. Ele reiterou que essa decisão se baseia nas variáveis econômicas e comerciais dos produtos e do petróleo bruto nos mercados brasileiro e internacional, de acordo com nossos próprios critérios empresariais que nos garantem a devida lucratividade e as participações nos mercados regionais.

Em meados de maio, a Petrobras anunciou que abandonou a política de paridade de importação (PPI) e implantou uma nova estratégia comercial, que continua a considerar as variações internacionais do petróleo, mas também parâmetros relacionados com a competitividade e participação da companhia em cada um dos diferentes mercados brasileiros. A nova política foi considerada pouco transparente pelo mercado, principalmente pelos reajustes subsequentes terem sido divulgados próximos ao retorno de impostos. No dia 16 de junho, a leitura do mercado era de que compensariam a volta da cobrança do ICMS pelos Estados. Agora, novamente, a queda compensa a volta dos impostos federais.

Em relação à PPI, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço da gasolina nas refinarias da Petrobras registra defasagem de 12% e para alinhar os preços seria necessária uma alta de R$ 0,34 por litro. Essa redução não era esperada, pelo contrário, estava defasada em R$ 0,34 por litro e não tinha espaço para a redução. As ações da estatal reagiram mal ao anúncio da Petrobras, que acendeu uma luz amarela sobre a interferência do governo nos movimentos comerciais da companhia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.