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23/Jun/2023

Açúcar: dólar e petróleo impulsionando os futuros

Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa expressiva nesta quinta-feira (22/06) na Bolsa de Nova York. O vencimento outubro recuou 88 pontos (3,40%), e fechou a 24,97 centavos de dólar por libra-peso. Os preços podem ter sido pressionados pelo dólar valorizado ante o Real. Com a moeda norte-americana em alta em relação à brasileira, as exportações tendem a ficar mais atraentes para as usinas do Brasil, o que reflete em um aumento momentâneo na oferta global.

O petróleo em baixa nas bolsas internacionais também pode ter pesado sobre os preços do açúcar, já que tende a piorar a competitividade relativa do etanol e influenciar em um mix mais açucareiro no Brasil, uma vez que o etanol pode ser um substituto da gasolina e do diesel. Outro fator baixista para o açúcar foi a previsão de um aumento expressivo na safra de cana-de-açúcar do Centro-Sul do Brasil.

A Copersucar, maior cooperativa brasileira de açúcar e etanol, espera que as 37 unidades vinculadas ao seu sistema processem 105 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 2023/2024. No ciclo 2022/2023, as usinas registraram 89 milhões de toneladas, o que representou um incremento de 10% em termos de produção ante o ano anterior. As usinas do Centro-Sul estão produzindo o máximo de açúcar, que apresenta margens de preço maiores do que o etanol. A região tende a aumentar o volume de cana em função dos melhores tratos nas lavouras, insumos mais baratos e dinheiro em caixa.