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20/Jun/2023

Biomassa: geração de bioeletricidade cresce em 2023

De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), a biomassa da cana-de-açúcar foi responsável pela geração de 1,858 milhão de megawatts-hora (MWh) de bioeletricidade fornecida à rede elétrica nacional no acumulado de janeiro a abril de 2023. Os dados representam um aumento de 28,7% em relação ao registrado em igual período do ano passado, quando foi ofertado 1,444 milhão de MWh para a rede. É um aumento bastante considerável, especialmente se levar em conta que nesse período o País estava praticamente na entressafra da cana-de-açúcar. O processo de geração de bioeletricidade utiliza parte dos resíduos resultantes da fabricação de açúcar e etanol, como o bagaço e a palha.

A energia elétrica proveniente das matérias-primas garante autossuficiência energética para as usinas e contribui com a rede elétrica nacional. O resultado até abril deste ano equivale a atender ao consumo anual de energia elétrica de quase 3 milhões de pessoas ou 8% da geração térmica a gás no País, quando considerados os dados de 2022. A bioeletricidade oriunda de todas as biomassas representou 3,7% da geração total de energia no Brasil em abril, superando a geração fotovoltaica e a geração térmica a gás. Em maio, representou 6,2% da geração total no País. No acumulado de janeiro a maio, o indicador da bioeletricidade em geral foi de 3% na geração total no País.

A biomassa de cana-de-açúcar representa 72% de toda a capacidade instalada de bioeletricidade no Brasil. Atualmente, cinco Estados brasileiros detêm 89% da capacidade instalada pela bioeletricidade sucroenergética. São Paulo lidera o ranking, com 208 usinas termoelétricas (UTEs), representando 50% da capacidade instalada. Em seguida vem Minas Gerais (13%), com 48 UTEs; Goiás (12%), com 35 UTEs; Mato Grosso do Sul (9%), com 24 UTES; e Paraná (5%), com 29 UTEs. No total, 422 usinas termoelétricas utilizam o bagaço e a palha da cana-de-açúcar. Em 2022, a bioeletricidade evitou as emissões de quase 4 milhões de toneladas de gás carbônico, em valores estimados. Este volume só seria atingido com o cultivo de 27 milhões de árvores nativas por 20 anos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.