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16/Jun/2023

Açúcar: efeito do El Niño deve elevar preços globais

De acordo com a publicação Barron’s, os futuros de açúcar demerara devem continuar se valorizando na Bolsa de Nova York. Os impulsos se relacionam com a possibilidade de que as safras dos principais produtores do mundo sejam prejudicadas pelo fenômeno climático El Niño, que pode provocar seca na Índia e na Tailândia e antecipar as chuvas no Brasil. O El Niño será tratado como um sinal de alta pelos mercados globais de açúcar. O fenômeno, que pode durar de nove meses a um ano, preocupa os agricultores indianos, porque a falta de uma chuva torrencial reduz a quantidade de água para irrigar a safra de cana-de-açúcar.

A seca também é uma preocupação para a Tailândia. No Brasil, as chuvas antecipadas podem reduzir o teor de açúcar da cana-de-açúcar. Se o El Niño for mais ameno do que o esperado, analistas avaliam que os preços do açúcar podem recuar, em virtude das expectativas de mais exportações. Outras commodities como o cacau e o café robusta também devem ser afetadas pelo El Niño, mas o açúcar seria o “epicentro” do fenômeno. O mundo tem pelo menos dois anos de déficit global, com consumo superior à produção, mantendo a oferta apertada.

Além de prejudicar os agricultores, que teriam menos açúcar para vender, o fenômeno também tende a reduzir o poder de compra dos consumidores, que já sofrem com os efeitos da inflação. A oferta menor é vista com bons olhos para os preços do açúcar e para os que vendem a commodity aos consumidores. A Organização Internacional do Açúcar (OIA), afirma que, com os preços altos, as usinas já ampliam a produção de açúcar, com 47,5% do mix de cana dedicado à fabricação de açúcar em vez de etanol, ante 45,85% no ano passado. Isso é o máximo que a indústria pode mudar do etanol para o açúcar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.