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16/Jun/2023

Shell: demanda para biocombustíveis é crescente

A Shell Brasil enxerga uma demanda cada vez maior por biocombustíveis no mundo, o que coloca a Raízen, joint venture da petroleira com a Cosan, em posição favorável nas novas diretrizes globais do grupo. As boas condições hidrológicas dos reservatórios e o baixo preço da energia tiram a atratividade da operação de renováveis no momento, mas o pipeline de projetos na área está mantido. As diretrizes mencionam os 'low carbon fuels' (combustíveis de baixo carbono), o que inclui os biocombustíveis. A demanda é crescente para os produtos da Raízen, o que a deixa muito bem colocada. O Brasil estava nas diretrizes em várias das áreas de negócios que foram colocadas e apresentadas na avaliação estratégica, como, por exemplo, ao foco maior em petróleo e gás para investimentos em curso que miram os próximos anos.

Parte do mercado leu o posicionamento da Shell como um certo abandono de investimentos de energia renovável. Mas, a empresa negou qualquer ruptura nos planos da subsidiária brasileira nesta frente. Os projetos de energias renováveis, como o amplo pipeline em solar da Shell, vão continuar a ser desenvolvidos, ainda que não contem com investimentos para entrar em operação no momento. O Brasil hoje está com muita água nos reservatórios e um preço de energia elétrica muito baixo. Não é o momento de ir adiante com renováveis, mas não quer dizer que não vai ser feito em outro momento. A Shell tem um portfólio muito grande para desenvolvimento de projetos solares que, ao maturarem e quando as condições de mercados melhorarem, serão executados. Devido aos preços baixos do mercado de energia, foram descartadas novas investidas em termelétricas para além do projeto que mantém com o fundo Pátria e a Mitsubishi em Macaé (RJ), anunciado em 2019 a um investimento de R$ 700 milhões.

A empresa está mais cautelosa do que a média do setor quando o assunto é eólica offshore e pediu celeridade com relação à regulação da atividade. A Shell está atenta às possibilidades de geração eólica em alto mar no País, mas, por ora, as conversas com governo, empresas parceiras e imprensa vão se concentrar na urgência de um marco regulatório que permita elaborar projetos com algum grau de segurança. Quando o marco regulatório estiver pronto, a empresa vai avaliar se o Brasil é competitivo ou não com relação a outras bacias (países). A formatação de uma regulação robusta requer conversas com a indústria e a troca de governo desacelerou o processo, porque traz uma disrupção nas conversas, mas o tema já está voltando à pauta do governo. É preciso dar tempo para o governo se reestruturar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.