24/Mai/2023
Para a consultoria HedgePoint, como na primeira quinzena de maio choveu pouco e a maior parte dos modelos de previsão mostrou clima favorável para a atividade das usinas de cana-de-açúcar, o Centro-Sul do Brasil deve ter moído o máximo que pôde no período, ritmo que deve ser mantido no restante do mês. O próximo relatório quinzenal da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) tende a registrar moagem superior a 40 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, ressaltando a recuperação do ritmo de processamento da região.
O clima também mostra melhora quando se trata de previsões mais distantes. Junho, por exemplo, não será tão chuvoso como se esperava anteriormente, porém ainda há riscos de precipitação acima da média em julho e agosto. Mesmo com o receio quanto ao clima no futuro, a safra 2023/2024 será mais açucareira, aproveitando a aceleração do ritmo de moagem, os preços mais vantajosos para o açúcar nas bolsas internacionais e uma possível extensão do período da safra. Independente da maximização do açúcar, o mercado físico segue apertado e os atrasos nas exportações preocupam. As exportações de açúcar do Centro-Sul podem chegar perto de 2,3 milhões de toneladas ainda em maio.
A aprovação, pela Petrobras, de uma nova política de preços para gasolina e diesel, em substituição à paridade internacional de preços (IPP), foi avaliada pelo mercado como "não tão ruim quanto poderia ser". O anúncio antecipou que a estatal deverá comparar preços por polo consumidor para determinar a melhor fonte de combustível, considerando a minimização dos custos dos consumidores como principal fator. A medida induzirá o crescimento da demanda por combustíveis (caso o governo consiga reduzir os preços), mas não necessariamente redirecionará o consumo para o etanol. No final, não há incentivo para uma mudança no mix tão cedo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.