23/Mai/2023

A Organização Internacional do Açúcar (OIA) reduziu, mais uma vez, a expectativa de superávit global para o ano-safra 2022/2023 (de outubro de 2022 a setembro de 2023) em relatório divulgado nesta segunda-feira (22/05). O volume excedente disponível para o ciclo é de 852 mil toneladas, ante 4,151 milhões de toneladas previstas no relatório de fevereiro. A queda da produção na Índia e na Tailândia e a desaceleração das exportações brasileiras nos últimos meses têm contribuído para o menor superávit e para a alta de preços do açúcar.

A entidade reduziu a perspectiva de produção mundial de açúcar, que deixou de ser um recorde histórico. A perspectiva atual é de fabricação de 177,365 milhões de toneladas em 2022/2023, 2,82% acima das 172,503 milhões de toneladas de 2021/2022, mas abaixo da estimativa de fevereiro de 180,431 milhões de toneladas para a safra atual. Enquanto isso, o consumo global foi aumentado de 176,280 milhões de toneladas para 176,513 milhões de toneladas. Na última temporada, o consumo foi de 174,773 milhões de toneladas.

A previsão de importações globais é de 63,559 milhões de toneladas de açúcar na temporada 2022/2023 e exportações de 63,898 milhões de toneladas. A diferença entre os fluxos resultará em uma balança comercial com leve superávit, de apenas 339 mil toneladas. O resultado, no entanto, pode mudar, já que há um grande volume de exportações que ainda serão produzidas e exportadas do Hemisfério Sul (Brasil, em particular), antes do fim de setembro. Os estoques finais da temporada 2022/2023 estão previstos em 100,781 milhões de toneladas, alta de 0,51% ante as 100,268 milhões de toneladas de 2021/2022.

No que se refere ao Brasil, principal produtor global da commodity, a expectativa é de produção de 41,951 milhões de toneladas, consumo interno de 10,6 milhões de toneladas e exportações de 29,2 milhões de toneladas. Em fevereiro, a previsão de produção era de 41,006 milhões de toneladas, consumo de 10,4 milhões de toneladas e exportações de 28,5 milhões de toneladas. A Índia, segundo principal player global, deverá produzir 32,8 milhões de toneladas de açúcar (ante 34,3 milhões de toneladas previstas em fevereiro) e as exportações devem ser de 6,5 milhões de toneladas (inalteradas ante fevereiro). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.