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28/Abr/2023

Açúcar: fatores macroeconômicos elevam futuros

Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta quinta-feira (27/04) na Bolsa de Nova York. O vencimento julho ganhou 57 pontos (2,21%), e fechou a 26,35 centavos de dólar por libra-peso. Os contratos podem ter sido impulsionados pelo dólar em queda ante o Real e o petróleo valorizado. A moeda norte-americana em baixa desestimula a venda de produtos nacionais ao exterior, o que representa um declínio temporário na oferta de algumas commodities. O combustível fóssil fortalecido aumenta a competitividade relativa do etanol, resultando em um mix mais alcooleiro no Brasil.

As cotações já subiram 32% nos últimos 30 dias e mais de 50% desde o início do ano. Ao longo da sessão, os preços chegaram a ser negociados em seu nível máximo em 10 anos, a 26,79 centavos de dólar por libra-peso, impulsionados por um clima desfavorável a nível global. A safra de açúcar na Tailândia está sendo afetada por condições de seca, enquanto o plantio da Índia está sendo atingido por chuvas excessivas.

A safra de cana-de-açúcar do Brasil também está lidando com condições excessivamente úmidas. Dados divulgados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) nesta quinta-feira (27/04) podem ter contido o movimento altista. O Centro-Sul do Brasil processou 13,605 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na 1ª quinzena de abril, alta de 157,3% ante o período equivalente em 2022. A produção de açúcar na região é de 541,9 mil toneladas, alta de 312,6% ante 2022. Quanto ao etanol, o Centro-Sul fabricou 767,9 milhões de litros na 1ª quinzena de abril, alta de 94,7% ante 2022.