27/Abr/2023

De acordo com o 1º Levantamento de Cana-de-Açúcar da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quarta-feira (26/04), a produção brasileira de cana-de-açúcar na safra 2023/2024 (abril de 2023 a março de 2024) deverá alcançar 637,1 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 4,4% em comparação com o ciclo anterior 2022/2023, que foi de 610,1 milhões de toneladas. O incremento é influenciado pelo melhor rendimento das lavouras e pela maior área destinada à cultura. Para área, a expectativa é de que sejam destinados 8,41 milhões de hectares de cana-de-açúcar para a colheita, aumento de 1,5%, ante 8,29 milhões de hectares em 2022/2023, com um rendimento médio de 75.751 quilos por hectare, aumento de 2,9% ante 2022/2023 (73.609 quilos por hectare).

O maior crescimento de área é justificado pelo aumento de áreas de expansão e a incorporação de áreas de fornecedores, que não eram utilizadas para o setor sucroenergético, o que impacta diretamente na produtividade, uma vez que os primeiros cortes possuem um maior rendimento. Além disso, as condições climáticas, para essa safra, vêm se apresentando ainda melhores que na safra 2022/2023. Na Região Sudeste, principal produtora, o volume colhido deverá aumentar em 4,4%, quando comparado com a safra 2022/2023, podendo atingir 404,71 milhões de toneladas. Destaque para São Paulo, onde as lavouras tendem a apresentar melhora na produtividade de 2,9%, e Minas Gerais, Estado em que é esperado não só a melhora no rendimento do campo, mas também ampliação na área destinada para a cultura.

Na Região Centro-Oeste, segunda maior produtora de cana-de-açúcar, a estimativa de produção de cana-de-açúcar é de 140,9 milhões de toneladas, com elevação de área e produtividade neste ciclo. A expectativa de melhora no rendimento das lavouras e maior área na Região Norte do País também influencia o incremento da produção em 6,4% na região, quando comparada com a safra 2022/2023, resultando em uma colheita de 4,07 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Na Região Sul, a expectativa de produção é de 31,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O acréscimo é influenciado pela maior área para a cultura em 2,8% quando comparada com o ciclo passado, alta registrada após sucessivas reduções. Na Região Nordeste, a colheita deve se manter próxima a estabilidade, sendo projetada em de 55,7 milhões de toneladas.

A fabricação de açúcar deverá alcançar 38,77 milhões de toneladas, sendo a segunda maior já registrada na série histórica, perdendo apenas para a temporada de 2020/2021 quando foi estimada em 41,25 milhões de toneladas. Além da maior colheita esperada para a matéria-prima na atual safra, o mercado favorável ao açúcar influencia na maior destinação da cana-de-açúcar. Ainda assim, a produção do etanol também deverá crescer 5,9% quando comparado com o ciclo anterior, podendo chegar a 33,17 bilhões de litros. Desse total, 14,26 bilhões de litros serão de etanol anidro e 18,91 bilhões de litros de etanol hidratado. A elevação é impulsionada, principalmente, pela fabricação do biocombustível produzido a partir do milho estimada em 5,64 bilhões de litros, alta de 42%. O etanol a partir da cana-de-açúcar deve registrar um leve aumento de 0,6%, estimado em 27,53 bilhões de litros. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.