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26/Abr/2023

Açúcar: tendência de alta com o clima seco na Ásia

Segundo a consultoria HedgePoint, as ameaças às safras de cana-de-açúcar do Sudoeste Asiático na temporada 2023/2024 (outubro de 2023 a setembro de 2024) aumentaram com a possibilidade de ocorrência do fenômeno El Niño e chuvas abaixo do ideal para o período. O receio de quebra da safra asiática explica o recente impulso nos preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York. Na segunda-feira (24/04), o açúcar fechou acima de 25,00 centavos de dólar por libra-peso e se aproximou do recorde alcançado em 2012 (quando o contrato mais líquido superou os 25,90 centavos de dólar por libra-peso). Se o clima adverso atingir os países do Sudoeste Asiático com mais intensidade do que o previsto inicialmente, os preços podem subir ainda mais.

O relatório mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) afirma que a área de cana-de-açúcar caiu 0,4% no ciclo 2023/2024, atingindo o menor nível desde 2011 (8,3 milhões de hectares), devido à concorrência com grãos na Região Centro-Oeste. Parece que os preços finalmente encontraram o impulso que precisavam para alcançar 25,00 centavos de dólar por libra-peso. Outros fundamentos por trás do suporte de preços também continuam atuando, como a quebra de safras do Hemisfério Norte (especialmente na Índia) e o enfraquecimento do dólar ante o Real. Para o Centro-Sul do Brasil, as chuvas durante o inverno e no fim da safra podem prejudicar a qualidade da cana-de-açúcar produzida.

A estimativa de moagem é de 595 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no ciclo 2023/2024, com 48% de mix açucareiro, o que levaria a uma produção total de 37,6 milhões de toneladas de açúcar. Para a Índia, a expectativa da safra atual foi afetada pelo clima desfavorável. A expectativa de produção de açúcar indiana deve permanecer abaixo de 33 milhões de toneladas e há riscos de novas reduções. Para a próxima temporada, a rápida intensificação do El Niño pode impedir qualquer recuperação, induzindo à produção de 31,4 milhões de toneladas. Diante deste contexto, a previsão é de um déficit de 4 milhões de toneladas no balanço de oferta e demanda global da atual temporada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.