25/Abr/2023

As chuvas ocorridas em grande parte do estado de São Paulo atrasaram o avanço da colheita de cana-de-açúcar, dificultando a moagem e reforçando o contexto de baixa oferta de açúcar cristal branco. Vale lembrar que, como típico em início de safra, as usinas que já iniciaram a moagem priorizam a produção do açúcar VHP para exportação e do etanol. Do lado da demanda, alguns compradores, temendo ficar sem o açúcar, adquirem o cristal a preços mais elevados, enquanto outros, estocados, preferem esperar por valores mais atrativos para negociar, deixando o mercado com pouco movimento.

Nesse cenário, os preços médios do açúcar seguem em alta no mercado spot de São Paulo, e, após um ano, o Indicador CEPEA/ESALQ do cristal branco voltou para a casa dos R$ 142,00 por saca de 50 Kg. A média do Indicador CEPEA/ESALQ é de R$ 141,94 por saca de 50 Kg, alta de 1,61% nos últimos sete dias (de R$ 139,69 por saca de 50 Kg). Na Bolsa de Nova York, os contratos futuros seguem em valorização, chegando a atingir, no dia 20 de abril, o maior patamar em 11 anos. A queda na produção nos principais países produtores, devido a problemas climáticos, e a perspectiva de maior aquisição por parte da China impulsionam os valores externos.

No entanto, a recuperação do dólar frente ao Real, limitou o movimento de avanço na Bolsa de Nova York. A média do contrato Maio/2023 do açúcar demerara na ICE Futures é de 24,69 centavos de dólar por libra-peso, aumento de 2,76% nos últimos sete dias. Em São Paulo, no atacado, e Indicador de Cristal Empacotado está cotado a R$ 15,15 por saca de 5 Kg, alta de 2,45% nos últimos sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 3,20 por saca de 1 Kg, avanço de 0,44% no mesmo período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.