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11/Abr/2023

Defasagem da gasolina ameaça consumo de etanol

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustível (Abicom), a defasagem do preço da gasolina no mercado brasileiro já ameaça o consumo de etanol, mas não há nenhuma expectativa de reajuste pela Petrobras antes da Assembleia Geral de Ordinária (AGO), prevista para 27 de abril. A reunião vai mudar os membros do Conselho de Administração da estatal. O diesel está alinhado com o preço de importação e tem garantido negócios, principalmente com o diesel russo. A Petrobras reajustou o diesel há 19 dias e mantém o preço da gasolina congelado há 41 dias. Já a Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe, na Bahia, privatizada no ano passado, faz reajustes semanais e, no dia 5 de abril, reduziu a gasolina em R$ 0,18 por litro e o diesel em R$ 0,007 por litro.

O preço médio da gasolina no Brasil está 7% abaixo da paridade de importação (PPI), chegando a 9% no polo de Araucária (PR) e 6% em Aratu (BA). Para atingir a paridade, a Petrobras poderia aumentar a gasolina em R$ 0,25 por litro no mercado interno. Poderia haver um pequeno aumento no preço da gasolina, mas a Petrobras não fará isso agora com toda a pressão sobre os preços. O que vai acontecer com a política de preços da estatal após a AGO ainda é um mistério, e a interferência do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na semana passada, não ajudou no debate sobre o assunto.

Ele afirmou, no dia 5 de abril, que os preços da estatal não seriam mais atrelados ao mercado internacional, mas a um preço "interno" dos combustíveis. A teoria segue a determinação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de "abrasileirar" os preços da estatal. A política da Petrobras continua uma incógnita e ainda teve esse posicionamento indevido do ministro de Minas e Energia que piorou as coisas. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, tem confirmado a intenção de acabar com o PPI, política implantada em 2016 no governo de Michel Temer e mantida pelo governo Bolsonaro. Prates defende preços que garantam a competitividade da estatal no mercado, levando em conta diferenças regionais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.