21/Mar/2023

Segundo a consultoria StoneX, a safra global de açúcar 2022/2023 (que vai de outubro de 2022 a setembro de 2023) deve registrar superávit de 2,5 milhões de toneladas. O volume foi cortado pela metade ante as 5 milhões de toneladas projetadas em janeiro deste ano para o ciclo. O ajuste reflete a possível quebra na produção da Índia e a não liberação de uma nova cota de embarques pelo governo do país. Até o momento, as projeções para a produção de Índia, Tailândia, China e Paquistão apontam para cerca de 5 milhões de toneladas a menos do que os próprios países estimavam anteriormente. Na Índia, até o fim da primeira quinzena de março, a produção de açúcar totalizava 28,1 milhões de toneladas, 0,9% abaixo da temporada anterior.

A StoneX revisou a estimativa produtiva indiana, de 35,8 milhões de toneladas para 34,1 milhões de toneladas, que representaria retração de cerca de 1,7 milhões de toneladas do fechamento de 2021/2022 (-4,8%). Com relação à Tailândia, foi mantida a projeção para a produção de açúcar em 11,2 milhões de toneladas. No que se refere à China, houve revisão na estimativa de 9,8 milhões de toneladas para 9,3 milhões de toneladas de fabricação de açúcar em 2022/2023, cenário que prevê queda produtiva de 2,7% na comparação anual. No Paquistão, foi mantida a estimativa de 7,44 milhões de toneladas, forte retração (-7%) ante 2021/2022.

Foi reiterada a expectativa de produção de açúcar na União Europeia e no Reino Unido, que juntos devem responder pela fabricação de 16 milhões de toneladas. No entanto, a situação no continente europeu continua crítica. O clima seco ao longo de 2022 prejudicou o desenvolvimento dos campos da beterraba sacarina, em especial na França, principal produtor. As expectativas para produção no Centro-Sul brasileiro, a partir de abril deste ano, foram aumentadas de 37 milhões de toneladas para 37,4 milhões de toneladas (ante 28,3 milhões de toneladas em 2022/2023). No Brasil, o Centro-Sul deve entrar forte no mercado global com o início da colheita 2023/2024, que deve ter produtividade ainda maior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.