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15/Mar/2023

Açúcar: maior oferta da Índia deve pressionar preço

A consultoria HedgePoint considera que um eventual anúncio de 1 milhão de toneladas adicionais para exportação pela Índia seria uma tendência baixista no curto prazo para os preços dos futuros de açúcar demerara na Bolsa de Nova York, graças ao aumento da disponibilidade global. Em contrapartida, caso houvesse essa liberação, o contrato março de 2024 passaria por uma tendência de alta, pois a cota adicional limitaria os estoques do país. A Índia já liberou vendas externas de 6 milhões de toneladas no ciclo 2022/2023 (outubro de 2022 a setembro de 2023) e a expectativa de anúncios adicionais pelo país foi frustrada, no começo do ano, por sinais de quebra de produção.

Atualmente, a estimativa para produção da Índia é de cerca de 34 milhões de toneladas de açúcar durante a safra 2022/2023. Quanto ao ciclo 2023/2024, haverá mais direcionamento da matéria-prima para a produção de etanol e que é possível que o fenômeno El Niño dificulte a recuperação da produtividade. Assim, a visão preliminar é de que a oferta total deve permanecer abaixo de 34 milhões de toneladas na próxima safra. O governo indiano geralmente tenta manter os estoques finais da commodity em patamar equivalente a, pelo menos, três meses de consumo (mais de 6 milhões de toneladas).

Mas, nesta safra, nem mesmo se exportasse 5 milhões de toneladas a meta seria atingida, dados os níveis de produção e o direcionamento para a produção de etanol. Caso o governo permita que mais 1 milhão de toneladas seja mandado para fora do país, os estoques finais de açúcar da Índia recuariam para 4,4 milhões de toneladas e a disponibilidade na safra 2023/2024 já estaria limitada desde o início do ciclo. Mesmo que a Índia consiga produzir 34,5 milhões de toneladas nesta temporada (2022/2023), os estoques devem cair para um novo patamar mínimo se qualquer cota adicional for permitida. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.