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09/Mar/2023

Cana: projeção para moagem na safra 2023/2024

A Datagro manteve suas previsões para a safra 2023/2024 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil. O processamento está estimado em 590 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 2023/2024, 6,9% acima das 552 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processadas no ciclo 2022/2023. Para o açúcar, foi reiterada a previsão de produção na Região Centro-Sul de 38,3 milhões de toneladas em 2023/2024, 13% acima das 33,8 milhões de toneladas em 2022/2023. Enquanto o mundo sofre com quebra de safra, o Brasil está se recuperando, em um ano com preços mais remuneradores. O desenvolvimento dos canaviais do Centro-Sul está caminhando muito bem e há risco para exportação desses volumes tão expressivos de açúcar com a competição com os maiores volumes de grãos que serão enviados aos portos no ciclo.

Entre janeiro e fevereiro de 2023, o Brasil deve ter exportado 417 milhões de litros de etanol, volume 136,5% maior ante o registrado há um ano. No período, 3,171 milhões de toneladas de açúcar foram enviadas ao exterior, 3,4% acima de igual período de 2022. A curva futura do açúcar indica prêmios expressivos para o produto que for exportado. Os fundamentos de mercado internacional devem manter os preços de açúcar suportados em 2023, provavelmente acima do etanol durante toda a safra. Do lado do biocombustível, foram mantidas as projeções para produção no ciclo 2023/2024 de 30,96 bilhões de litros. O volume representa alta de 5,9% ante os 29,22 bilhões de litros de 2022/2023. Para o etanol de milho, a expectativa é atingir 9,65 bilhões de litros até 2030/2031.

Em 2021/2022 o biocombustível gerado a partir do grão somou 3,46 bilhões de litros. A retomada parcial dos tributos sobre gasolina e etanol representa uma recuperação para o segmento. Antes da volta da cobrança, a relação de preço etanol hidratado e gasolina estava em 74,4% e agora passa para 71,2%. É uma recuperação importante da produtividade em relação à gasolina. A recuperação da competitividade do etanol deve começar a ser sentida em duas a quatro semanas pelo consumidor e pelo produtor, momento em que o diferencial passará a ser contabilizado nas bombas. Mesmo neste cenário, porém, a recuperação será insuficiente para compensar os prêmios do preço de açúcar e, por isso, o mix açucareiro da temporada deverá ficar em 48%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.