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08/Mar/2023

Combustíveis: preço da gasolina avança nos postos

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Apenas seis dias depois da volta dos impostos federais (PIS/Confins) sobre combustíveis, o preço médio da gasolina já subiu nos postos de abastecimento do País. A alta é de 3,3% nos últimos sete dias, a R$ 5,25 por litro. Na semana anterior, o preço nacional médio da gasolina ao consumidor era de R$ 5,08 por litro. Foi a primeira vez em quatro semanas que o preço da gasolina ao consumidor final sofreu alteração relevante, desta vez para cima. Para o Centro Brasileiro de Infraestrutura e Energia, não há dúvidas de que o aumento é um desdobramento da volta dos impostos, mesmo que antecipando sua incidência sobre a cadeia. Os preços no varejo (postos) são livres. Quando a reoneração é anunciada a partir do dia 1º de março, os postos ganham o direito de repassar o aumento no preço do produto que revendem.

Isso é comum e, normalmente, gera questionamentos do Cade a respeito da motivação do repasse: se é uma antecipação indevida ou movimento em cima de novas cargas adquiridas, o que é difícil descobrir. Outras fontes do setor acreditam tratar-se de antecipação do repasse dos novos impostos por parte de distribuidores ou lojistas, com maior chance para uma ação destes últimos. De fato, ainda é difícil precisar o efeito exato do anúncio no preço médio da gasolina, porque essa reoneração vigorou apenas quatro dias da semana e sua incidência ainda varia de acordo com a dinâmica de estoque de cada lojista. Só haverá uma leitura mais fidedigna do impacto da volta dos impostos sobre a gasolina e o etanol na medição da ANP da semana que vem, quando o efeito da reoneração na semana vai ser cheio. Segundo o governo, a volta dos impostos federais acrescentaria R$ 0,47 por litro ao preço da gasolina vendida nas refinarias do País.

Mas como a Petrobras, refinadora dominante no mercado, reduziu seus preços em R$ 0,13 por litro no mesmo dia, o saldo esperado das mudanças é uma alta próxima a R$ 0,34 por litro no preço de refinarias. Nas bombas, para o consumidor, o efeito é menor, porque a gasolina A vendida nas refinarias compõe apenas 73% da mistura da gasolina C, aquela usada nos carros, os outros 27% são etanol anidro. Segundo cálculo da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), o carregamento do saldo das mudanças para as bombas é um aumento de R$ 0,25 por litro vendido nos postos. Considerando esse acréscimo, o preço médio do litro da gasolina deveria ter ido para a casa dos R$ 5,33 por litro, valor acima do verificado na realidade (R$ 5,25 por litro). De 26 de fevereiro a 4 de março, o preço do etanol anidro, que também influencia no preço da gasolina, apresentou leve alta de 1,67% para R$ 3,11 por litro, o que ajuda a explicar o aumento de 0,2% no preço da mistura nos postos.

O movimento do etanol anidro recompõe o preço do insumo, que havia caído 2% na semana imediatamente anterior. Livre da reoneração até 1º de janeiro de 2024, por decisão do governo, o diesel S-10 registra baixa de 0,5% nos últimos sete dias nos postos de todo o País. O insumo está cotado, em média, a R$ 6,02 por litro ante os R$ 6,05 por litro registrados nos sete dias anteriores. Essa nova queda do preço do diesel S-10 ao consumidor é efeito direto da redução de 1,95% ou R$ 0,08 por litro no preço praticado em refinarias da Petrobras a partir do dia 1º de março. Embora pequeno, esse desconto da Petrobras se junta com o anterior, de 8,9%, ou R$ 0,40 por litro, válido desde 8 de fevereiro, e que ainda é residualmente repassado às bombas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.