27/Fev/2023
A Organização Internacional do Açúcar (OIA), em relatório com a primeira atualização das perspectivas para a safra 2022/2023 de açúcar (de outubro de 2022 a setembro de 2023) divulgado na sexta-feira (24/02), reduziu a expectativa de superávit global para o ano-safra 2022/2023 (de outubro de 2022 a setembro de 2023). O volume disponível para o ciclo é de 4,151 milhões de toneladas, ante 6,185 milhões de toneladas previstas no relatório de novembro. Enquanto a colheita do Hemisfério Sul sugere oferta adicional ao balanço, a hesitação do governo indiano em se comprometer com mais licenças de exportação prejudicou as perspectivas de disponibilidade global. Apesar do ajuste, a visão da organização permanece otimista perto das estimativas de outros players do mercado, que já preveem déficit no ciclo.
A produção mundial de açúcar deve registrar um recorde de 180,431 milhões de toneladas em 2022/2023, 4,58% acima das 172,526 milhões de toneladas de 2021/2022, embora abaixo da estimativa de novembro de 182,142 milhões de toneladas. Enquanto isso, o consumo global foi mantido a 176,280 milhões de toneladas, ante 174,773 milhões de toneladas na última temporada e 169,708 milhões de toneladas em 2019/2020. A OIA prevê importações de 63,863 milhões de toneladas de açúcar na temporada 2022/2023 pelo mundo e exportações de 64,548 milhões de toneladas. É importante ressaltar que a menor produção na Índia, juntamente com os planos para aumentar o uso de açúcar para etanol reduzirão as exportações de melaço de cana-de-açúcar. A entidade prevê produção pela Índia de 34,3 milhões de toneladas de açúcar (ante 35,5 milhões de toneladas previstas em novembro) e as exportações devem ser de 6,5 milhões de toneladas (ante 8 milhões de toneladas estimadas em novembro).
Até o momento, o país já liberou 6 milhões de toneladas para vendas externas e, deste total, 5,7 milhões de toneladas já foram comprometidas contratualmente. A Tailândia, terceiro maior exportador global da commodity, havia recebido destaque no relatório anterior, quando a entidade estimava potencial da produção de açúcar de 12,349 milhões de toneladas no país, ante 10,134 milhões de toneladas do ciclo 2021/2022. No relatório atual, foram reiteradas as estimativas para produção tailandesa. A produção do Brasil, maior fornecedor global de açúcar, foi estimada em 41 milhões de toneladas para 2022/2023, ante 39,9 milhões de toneladas previstas em novembro. As exportações devem ficar em 28,5 milhões de toneladas no ciclo e o consumo do adoçante tende a registrar 10,4 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.