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14/Fev/2023

Açúcar: preços voltando a subir no mercado interno

Os preços médios do açúcar cristal branco praticados no mercado spot do estado de São Paulo voltaram a subir ao longo da semana passada. Os valores estavam em movimento de baixa desde o início deste ano. A oferta do Icumsa até 180 seguiu restrita, e a demanda, um pouco mais aquecida, sustentando, assim, os preços no mercado à vista. Dessa forma, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, está cotado a R$ 133,15 por saca de 50 Kg. Nos últimos sete dias, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, subiu 2,3%. Outro fator que exerceu forte influência no aumento do preço da saca do cristal foi a taxa de câmbio – o dólar se valorizou 2,4% frente ao Real na semana passada. Vale lembrar que o dólar elevado e o açúcar demerara sendo negociado na Bolsa de Nova York (ICE Futures) na casa dos 21 centavos de dólar por libra-peso estimulam as exportações brasileiras em detrimento da venda interna.

Enquanto a média semanal do Indicador de Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ é de R$ 131,18 por saca de 50 Kg, a das cotações do contrato nº 11 da ICE Futures (vencimento Março/23) foi de R$ 145,39/sc. Assim, as vendas externas remuneraram 10,83% a mais que o spot paulista. Para esse cálculo, foram considerados US$ 55,94 a tonelada de fobização, US$ 108,58 a tonelada de prêmio de qualidade e R$ 5,21 de dólar. O Indicador de Cristal Empacotado está cotado e R$ 14,8625 por saca de 5 Kg, recuo de 1,4% em sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 3,1975 por saca de 1 Kg, desvalorização de 1,0% no mesmo período. Na Bolsa de Nova York, os valores do demerara iniciaram a semana passada pressionados pela forte valorização do dólar em relação ao Real, cenário que, vale lembrar, gera expectativa de maior exportação brasileira de açúcar.

Além disso, o baixo crescimento na produção de açúcar na região Centro-Sul do Brasil também motivou a queda externa – relatório da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia) indicou que, de 1º de abril/2022 até 1º de fevereiro/2023, foram produzidas 33,5 milhões de toneladas de açúcar, elevação de 4,5% frente ao mesmo período da temporada anterior (2021/2022). Um movimento de recompra dos fundos em Nova York face aos indícios de menor oferta global de açúcar, no entanto, impulsionou as cotações mundiais do demerara nos dias seguintes, resultando em recuperação de parte das perdas. Dentre os fatores que influenciaram tal movimento tem-se o menor volume disponível para a exportação brasileira e as menores produções na Índia e na União Europeia.

A Indian Sugar Mills Association (Isma) estimou recentemente produção de 34 milhões de toneladas 2022/2023, contra 36,5 milhões de toneladas indicadas em outubro. Já a Associação Europeia de Fabricantes de Açúcar previu, em dezembro, que a produção de açúcar da União Europeia em 2022/2023 cairia 7% ao ano, para 15,5 milhões de toneladas. Assim, nos últimos sete dias, a média do contrato Março/2023 do açúcar demerara na ICE Futures foi de 21,15 centavos de dólar por libra-peso, queda de 1,4% em relação à da semana anterior. Em Londres (ICE Futures Europe), o contrato Março/2023 do açúcar refinado teve média de US$ 564,00 a tonelada, baixa de 0,3% na mesma comparação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.