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07/Fev/2023

Cana: revisada projeção de moagem em 2023/2024

A HedgePoint elevou para 595 milhões de toneladas as estimativas para processamento de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil na temporada 2023/2024, com início em abril. A consultoria ressaltou que estimava, anteriormente, moagem de 580 milhões de toneladas no ciclo, o que já demonstrava otimismo. O mais recente ajuste deve-se ao clima quente e chuvoso nas principais regiões produtoras. É esperada uma grande recuperação. Enquanto as chuvas têm sido favoráveis ao desenvolvimento da cana-de-açúcar para a próxima safra, elas têm atrapalhado a moagem no ciclo 2022/2023. Serão cerca de 552 milhões de toneladas da matéria-prima processadas no período, mas esse volume terá de ser alcançado pelas três usinas que ainda estavam em operação no fim da primeira quinzena de janeiro, quando 542 milhões de toneladas já haviam sido processadas.

Outro desafio para atingir esse volume será a antecipação da safra 2023/2024. O clima mais seco do que o normal previsto para março deste ano deve contribuir para que o processamento fique mais adiantado. Considerando um início antecipado para 2023/2024 (por volta da segunda quinzena de março), a região deverá moer apenas mais 7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, chegando a, no máximo, algo em torno de 550 milhões de toneladas em 2022/2023. O volume “extra” restante da atual temporada tende a ser incorporado na produção de cana-de-açúcar da safra 2023/2024. Olhando para o TCH, a safra atual mostra uma possível recuperação de 7,5%, chegando a algo em torno de 73 toneladas por hectare.

Para a temporada seguinte, a estimativa é de que o TCH mantenha a tendência, atingindo cerca de 78,1 toneladas por hectare em 2023/2024. Entretanto, todos os índices dependem de um clima estável. Um regime de chuvas inadequado para o período faria a moagem variar entre 580 e 600 milhões de toneladas em 2023/2024. Isso significa que a produção de açúcar tem uma faixa possível de 35,5 a 36,7 milhões de toneladas. O mix de açúcar também é um assunto delicado. A principal questão permanece sendo a desoneração das alíquotas sobre os combustíveis fósseis. Embora positivo para o setor, o retorno da cobrança não deve ser suficiente para o diferencial competitivo do etanol superar o do açúcar. Atualmente, a expectativa é de uma safra com o mix de açúcar em 46,9%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.