03/Fev/2023

O setor sucroenergético espera que a desoneração de tributos federais sobre combustíveis termine no fim deste mês, como já decretado pelo governo. A expectativa é de que que até o fim de fevereiro, a tributação de PIS/Cofins sobre combustíveis volte. Isso é importante para o setor. Não há nenhum Estado com etanol competitivo ante a gasolina há nove semanas. No dia 2 de janeiro, o governo publicou medida provisória que prorroga a desoneração dos impostos federais que incidem sobre gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular até 28 de fevereiro.

A MP também zerou a Cide sobre a gasolina por igual período. Para o diesel, o biodiesel, o gás natural e o gás de cozinha, a isenção de imposto foi prorrogada até o fim deste ano. A preocupação do setor é com o risco político de intervenção nos preços dos combustíveis e não com tributação. Segundo a São Martinho, o mix sucroenergético na safra 2023/2024, ou seja quanto da cana-de-açúcar as usinas brasileiras destinarão para produção de açúcar e para a de etanol, deve ser definido pela indústria a partir de 1º de março, após o fim da desoneração de impostos federais sobre os combustíveis.

A medida em favor da gasolina reduz a competitividade do etanol, fazendo com que usinas privilegiam a produção de açúcar em detrimento de etanol. Voltando o PIS/Cofins na gasolina, será uma disputa para saber se mercado vai para álcool ou para açúcar. Tem muito potencial para ir para álcool, confirmando um ciclo com mix mais alcooleiro. No momento, o direcionamento do mercado é o de produzir mais açúcar, por questão de precificação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.