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23/Jan/2023

Açúcar: atraso no Hemisfério Norte sustenta preços

Segundo a HedgePoint, apesar do viés baixista para o açúcar demerara na Bolsa de Nova York com a prorrogação da isenção de impostos federais sobre combustíveis no Brasil, a perspectiva de superávit global e a aposta em um ano mais açucareiro, o mercado ainda sente o aperto causado pelo atraso da colheita no Hemisfério Norte e o alívio no sentimento de risco com alta dos juros. Os contratos tendem a manter um piso na paridade de exportação indiana, a 18,60 centavos de dólar por libra-peso, até o início da safra brasileira. Até o fim de dezembro/2022, o açúcar encontrava sustentação na restrição de oferta no Hemisfério Norte causada por atrasos na produção da Tailândia, Austrália e América Central. A escassez conduziu os preços para próximo de 21,00 centavos de dólar por libra-peso.

No entanto, notícias positivas quanto à nova safra do Centro-Sul brasileiro e a probabilidade de o novo governo do País estender a isenção dos impostos federais sobre os combustíveis começaram a afetar os preços pouco depois. Logo no início de janeiro, a prorrogação da isenção de impostos federais sobre combustíveis por mais 60 dias no Brasil foi um dos principais motivos da correção. A medida indica que haverá menor competitividade do etanol tanto em relação à gasolina quanto ao açúcar, induzindo a uma maior produção de açúcar. A decisão do governo brasileiro para as alíquotas deixou o mercado em alerta quanto ao que esperar para o setor de etanol em 2023. Muito ainda deve ser decidido. Até o momento, o setor segue apostando em mais um ano açucareiro e uma menor participação do hidratado na demanda de combustíveis.

Do lado altista, entretanto, o mercado ainda sente o aperto causado pelo atraso da safra no Hemisfério Norte e o alívio no sentimento de risco, com a necessidade de aumentos nas taxas de juros dos Estados Unidos mais limitada. Embora alguns destinos possam hesitar em comprar açúcar a um nível extremamente alto, como 21,00 centavos de dólar por libra-peso, eles ainda precisam pagar a paridade de exportação indiana. O cenário tende a permanecer desta maneira durante o primeiro trimestre, quando há a entrada da safra brasileira 2023/2024 no mercado, a partir de abril. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.