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09/Jan/2023

Etanol: petróleo e impostos definirão teto de preços

Enquanto a oferta de açúcar no mercado global será o principal guia para as cotações na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) na primeira metade deste ano, o retorno ou não da cobrança de PIS/Cofins sobre combustíveis a partir do segundo semestre aumenta a incerteza sobre o cenário de açúcar. As projeções para o mercado de etanol geram variações de mais de 10% no preço do açúcar em 2023, com e sem a desoneração. Considerando os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), o Rabobank prevê que, caso o dólar permaneça em torno de R$ 5,30 e o petróleo continue próximo de US$ 80,00 o barril, o preço do etanol hidratado seria de R$ 4,80 o litro sem que os impostos federais voltem a ser cobrados ou R$ 5,50 o litro caso haja a retomada da tributação em 2023. Esses resultados significariam um preço equivalente em Nova York de 14,50 centavos de dólar por libra-peso e 16,00 centavos de dólar por libra-peso, respectivamente.

Em outro cenário, ainda com o dólar a R$ 5,30, mas petróleo próximo de US$ 100,00 o barril, o preço médio do etanol hidratado seria de R$ 5,40 o litro sem os impostos ou R$ 6,00 o litro com as alíquotas. Em Nova York, a equivalência seria de 16,50 centavos de dólar por libra-peso e 18,00 centavos de dólar por libra-peso, respectivamente. Ou seja, há uma boa diferença com a volta dos impostos federais. Desde junho de 2022, o PIS/Cofins foi zerado sobre etanol hidratado, anidro e gasolina como forma de conter a alta dos preços dos combustíveis no Brasil. A medida, no entanto, fragilizou a competitividade do etanol em relação aos combustíveis fósseis e reduziu a lucratividade da indústria. A norma seria suspensa com o fim de 2022, mas no início do mandato o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu prorrogar a desoneração dos impostos sobre combustíveis por mais 60 dias. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.