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09/Jan/2023

Usinas: cenário é positivo para a safra 2023/2024

O BTG Pactual espera tempos melhores para o setor de açúcar e etanol em 2023 e defende a posição de compra para o segmento. Em relatório, o banco afirma que a expectativa otimista é sustentada pela possibilidade de retomada da cobrança de impostos federais sobre a gasolina e pela recuperação dos rendimentos da cana-de-açúcar, o que impulsiona a alavancagem operacional. Com base nos preços atuais, as usinas brasileiras devem maximizar o mix de açúcar em 2023/2024. O Brasil também deve recuperar alguma produtividade agrícola adicional. Se os níveis de chuva forem normais durante a entressafra, o setor tem potencial para recuperar produtividade em até 10%, reduzindo custos caixa unitários (opex + capex) em mais de 7%.

Mesmo com o aumento da oferta brasileira e a redução dos custos, os preços no mercado internacional devem continuar elevados. Os contratos futuros em Nova York tendem a permanecer em torno de 18 centavos de dólar por libra-peso. O mercado de açúcar tem se mostrado impressionantemente resiliente. A política de impostos sobre combustíveis no Brasil é um dos principais pontos de atenção para o próximo ciclo. O governo está decidindo o que fazer em termos de impostos sobre os combustíveis enquanto tenta equilibrar o impacto sobre a inflação, o déficit fiscal e até mesmo possíveis mudanças na política de preço de combustíveis da Petrobras. Durante o ano-safra para 2023/2024 (de abril de 2023 a maio de 2024) os preços do etanol hidratado devem ter média de R$ 2,90 por litro, baseando-se na expectativa de retorno das tarifas federais sobre gasolina e etanol.

A volta da cobrança dos tributos elevaria o preço de equilíbrio do etanol a R$ 0,26 por litro. Supondo que não haja retomada das alíquotas, as empresas do setor sucroenergético teriam implicações no Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de até 7% em 2023/2024. No entanto, caso as taxas continuem zeradas, existem alguns mecanismos de mitigação do dano para o setor que poderiam reduzir esse potencial de dano. Um deles seria a venda de Créditos de Descarbonização (CBios), desde que o governo mantenha o programa RenovaBio funcionando como foi projetado para ser. O BTG também cita como contrapesos à desoneração a garantia da competitividade fiscal do etanol em relação à gasolina, a possibilidade de mudança no mix e o estímulo às exportações como forma de driblar os menores preços no mercado interno. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.