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12/Dez/2022

Setor sucroenergético articula nome para Agricultura

Dirigentes de usinas e lideranças de entidades do setor sucroenergético de São Paulo lideram um movimento em prol do nome do presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), Nilson Leitão, para o comando do Ministério da Agricultura no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A articulação já era feita por outras entidades do setor e cresceu ao longo da última semana. O movimento ocorre após sinalizações do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), de que o governo poderia aceitar a indicação de um nome via setor produtivo e de Leitão angariar o apoio de 45 entidades favoráveis à sua reeleição no IPA. Alckmin tem uma relação próxima com usineiros de São Paulo desde os seus tempos como governador do Estado. A Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) lidera o apoio a Leitão como ministro. Além dele, dois ex-ministros da Agricultura reforçam a articulação do nome de Leitão com entidades, afirma outro representante do setor.

Caso Leitão subisse ao cargo, o presidente Lula faria “um afago” ao agro e pacificaria o setor. Um dos movimentos sugeridos pelos usineiros para encorpar a eventual indicação de Leitão seria sua migração do PSDB para o MDB. Leitão já está distante da vida partidária e, por isso, a desfiliação não seria um obstáculo. Ele está filiado ao PSDB apenas circunstancialmente no momento, e poderia deixar o partido, que não está alinhado com o governo. A mudança de partido, no entanto, dependeria de um convite formal ao Ministério. Contudo, sua possível indicação seria via setor e não partido, portanto, não havendo imbróglio pela sua atual legenda. Ele seria um nome do setor. Não somente o sucroenergético, como o de proteína animal e as entidades da agroindústria estão trabalhando duro para que ele seja ministro. Leitão não cogita receber um convite por parte do novo governo, mas provavelmente aceitaria, caso a indicação partisse do setor produtivo.

É um nome que poderia pacificar a relação com o novo governo. Leitão é visto como um nome com bom trânsito no Congresso, com articulação e bom relacionamento com o setor privado empresarial e próximo a Geraldo Alckmin. O IPA, entidade que Leitão está à frente e onde seu mandato se encerra em fevereiro de 2023, reúne 48 representações empresariais do setor produtivo e presta suporte técnico à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Ele também é consultor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Como deputado federal pelo PSDB (2011-2019), Leitão já foi presidente da bancada ruralista e da bancada tucana na Câmara dos Deputados. Uma eventual dificuldade para a viabilização do seu nome seria a sua aproximação com o governo Jair Bolsonaro. Outro impasse seriam suas posições antigas duras em relação ao Partido dos Trabalhadores, então como líder do PSDB. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.