01/Dez/2022

Segundo a StoneX, a safra global 2022/2023 de açúcar (de outubro de 2022 a setembro de 2023) deve registrar superávit de 5,2 milhões de toneladas. O volume supera em 1,4 milhão de toneladas o balanço previsto em setembro para o ciclo. O ajuste está em linha com as alterações positivas na produção de açúcar no Centro-Sul brasileiro. Com isso, os estoques finais devem crescer para 78,3 milhões de toneladas, fazendo com que a relação estoque/uso se posicione em 40% (+0,96%). A Ásia estará entre as principais origens dos fluxos globais de açúcar na safra.

As chuvas acima da média devem ser responsáveis por novos aumentos de produtividade na Índia e na Tailândia, o segundo e o terceiro maiores exportadores da commodity. Contudo, a continuidade de chuvas robustas em meses atípicos também vem causando atrasos. Apesar de o clima ser responsável pelo adiamento da colheita da cana-de-açúcar em algumas regiões, foi reiterada a estimativa de produção da Índia em 36,5 milhões de toneladas, com aumento de mais de 5% na área de cultivo canavieira. Por mais que haja aumento produtivo no país, as exportações devem alcançar 9 milhões de toneladas no ciclo, 2 milhões de toneladas a menos do que o registrado em 2021/2022.

Na Tailândia, as estimativas de fabricação do açúcar foram reduzidas de 11,5 milhões de toneladas (projeção anterior), para 11,2 milhões de toneladas de açúcar, o que ainda sugere aumento de 10,9% no comparativo com a safra anterior. Em relação à Europa, a estimativa para a produção de açúcar na União Europeia e no Reino Unido foi mantida em 16 milhões de toneladas, o que representa uma retração de 8% frente a 2021/2022. A perda de área da cultura e a seca enfrentada no período de desenvolvimento dos campos devem prevalecer na definição da produção final no continente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.