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11/Nov/2022

Açúcar: futuros em alta com as restrições na oferta

Os futuros de açúcar demerara fecharam em direções distintas nesta quinta-feira (10/11) na Bolsa de Nova York. O vencimento março, o mais líquido, avançou pela terceira sessão consecutiva e ganhou 3 pontos (0,15%), a 19,41 centavos de dólar por libra-peso. O vencimento maio terminou praticamente estável e o julho caiu 5 pontos (0,28%). O contrato março rompeu o nível de resistência de 19,41 centavos de dólar por libra-peso, mas não conseguiu sustentar os ganhos e acabou na margem. A oferta mais restrita da commodity no curto tem impulsionado as cotações.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) divulgou que a moagem de cana-de-açúcar na segunda quinzena de outubro na Região Centro-Sul do Brasil atingiu 31,52 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de 84,98% em relação ao volume registrado em igual período do ano passado. A produção de açúcar nos últimos 15 dias de outubro totalizou 2,12 milhões de toneladas, alta de 145,43% em comparação com igual período do ano passado. No acumulado desde o início da safra, no entanto, a moagem está 2,87% inferior ao registrado em 2021/22, com 490,22 milhões de toneladas.

A fabricação de açúcar pelas usinas também continua 3,07% abaixo, com 30,28 milhões de toneladas na temporada atual. A colheita foi prejudicada na segunda metade de outubro por causa de um regime de chuvas fortes nas regiões produtoras de cana-de-açúcar. Ao final do mês de novembro a moagem no ciclo atual deve equiparar à safra anterior. Os ganhos dos contratos do demerara podem ter sido contidos, por outro lado, pelo dólar em alta ante o Real. A moeda norte-americana valorizada tende a exercer pressão sobre os preços porque tende a tornar as exportações mais atraentes para as usinas brasileiras, podendo refletir em incremento momentâneo na oferta global.