09/Nov/2022

A São Martinho acredita que o futuro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entende a relevância do mercado de etanol, mas que a cobrança de tributos sobre os combustíveis fósseis continua como uma questão incerta. O novo governo está indo para a COP-27 e entende as externalidades do etanol, então há consciência da importância dos biocombustíveis. O setor tem expectativa quanto à retomada da cobrança das alíquotas no País. Mas, é preciso esperar discussões no Congresso, que são complexas. A isenção de tarifas federais sobre combustíveis fósseis, em junho deste ano, reduziu o diferencial competitivo do etanol em relação à gasolina e aumentou o prêmio para o açúcar em relação ao hidratado nas usinas.

Caso a vantagem do açúcar continue, a safra que se inicia em abril no Brasil deverá ser mais açucareira. Com a desvalorização do etanol mercado interno, houve uma abertura da janela de exportação. No segundo trimestre da safra 2022/2023, a receita líquida da São Martinho cresceu 11,2% em relação ao mesmo trimestre da safra 2021/2022, para R$ 1,584 bilhão, impulsionada principalmente pelo maior volume de vendas ao mercado externo. A companhia estima para a próxima safra vendas de 27% a 28% do biocombustível produzido ao exterior, caso a paridade se mantenha defasada no Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.