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09/Nov/2022

Combustíveis: preços continuam subindo no Brasil

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço da gasolina subiu nos postos de abastecimento de todo o País pela quarta semana seguida. O aumento vem apesar de a Petrobras manter o preço do combustível congelado há 66 dias. Na semana de 30 de outubro a 5 de novembro, a gasolina teve alta de 1,4%, chegando a um preço médio de R$ 4,98 por litro, ante R$ 4,91 da semana anterior. Considerando o período de quatro semanas, o preço médio da gasolina acumula alta de 2,4%. O novo aumento reforça a tendência de alta nos preços dos combustíveis aos consumidores, que vem desde meados do segundo turno, quando o governo pressionava a Petrobras para não reajustar os preços praticados em suas refinarias, mas não teve meios de conter os reajustes de agentes privados, como a refinaria de Mataripe (BA), da Acelen, empresa controlada pelo fundo Mubadala. A gasolina subiu 2,42% na Bahia, o estado mais atendido pela Acelen.

A recente escalada da gasolina também se deve a aumentos no preço do etanol anidro, que responde por 27% da mistura da gasolina comum, além de aumentos realizados por importadores e revendedores. Um fato adicional que pode justificar o aumento do preço da gasolina foram os bloqueios de rodovias por bolsonaristas que protestavam contra o resultado das eleições na semana passada. Desagregando por Estados, o maior aumento aconteceu no Paraná, 5,65%; seguido do Distrito Federal, 4,36% e Rio Grande do Sul, 3,83%, justamente Estados afetados pelo bloqueio. Em Santa Catarina e São Paulo, Estados onde também houve fechamento de estradas, a gasolina subiu 0,83% na semana passada. Com o mercado internacional pressionado e os preços da Petrobras abaixo da paridade de importação, a estatal não tem espaço técnico para novas reduções nas refinarias.

Ao contrário, a petroleira segue pressionada a reajustar seus preços, o que reforçaria a alta nas bombas. Desde o pico histórico de R$ 7,39 por litro, registrado na penúltima semana de junho, a gasolina chegou a recuar 35% até a semana encerrada em 8 de outubro. Mas, sem novos descontos nos preços da Petrobras nas últimas semanas, o preço do insumo voltou a subir nos postos brasileiros. O preço do diesel S10 voltou a subir, desta vez 0,4% para R$ 6,71 por litro, entre os dias 30 de outubro e 5 de novembro. Na semana anterior, esse preço tinha caído 0,6% e têm oscilado desde meados de outubro. Até o dia 15 daquele mês, o diesel caiu por 16 semanas seguidas, puxado pelas reduções nas refinarias da Petrobras. Com o aumento das cotações internacionais, a Petrobras também não tem reajustado o diesel a fim de acompanhar o preço de paridade internacional (PPI), conforme prevê a sua política de preços.

Assim, os preços se estabilizaram e têm experimentado altas pontuais ao consumidor ligadas a reajustes praticados por refinarias privadas e importadores, que respondem por volume entre 25% e 35% do insumo consumido no País. Desde o rebaixamento do teto de 17% no ICMS sobre combustíveis, em 24 de junho, o diesel S10 chegou a ser reajustado para baixo nas refinarias da Petrobras em três ocasiões. Antes de voltar a subir, o preço médio do insumo chegou a cair 13,4% em três meses e meio, variando de R$ 7,68 por litro no início do ciclo para até R$ 6,65 por litro na semana entre 9 e 15 de outubro. O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) de 13 Kg, ou gás de cozinha, ficou estável na revenda, com média de preço de R$ 109,86 por botijão. Esses preços também têm flutuado nas últimas semanas, devido ao fim dos efeitos no preço final das reduções da Petrobras em refinarias antes da eleição. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.