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04/Nov/2022

RenovaBio: distribuidores querem reduzir as metas

O Ministério de Minas e Energia (MME) reduziu as metas de descarbonização propostas no âmbito do programa RenovaBio para 2023, mas ainda assim o volume ficou acima do que esperavam integrantes do setor ligados à distribuição e ao mercado de biodiesel. Interlocutores desses dois afirmam haver ainda um descompasso entre a oferta e a demanda de Créditos de Descarbonização (CBios). O setor do biodiesel tem dificuldade para emitir CBios e está tentando encontrar soluções para buscar esse equilíbrio. O setor tende a negociar com o governo um "volume de equilíbrio". O mercado sucroenergético tem que buscar um meio termo a partir de uma leitura sensata, defende o setor de distribuição.

No dia 31 de outubro, nota técnica do MME reduziu em 16,3% o patamar que havia sido projetado para o ano e sugeriu uma meta de descarbonização de 35,45 milhões de toneladas para 2023, abaixo até mesmo do objetivo de 2022, de 35,97 milhões de toneladas. A sugestão do MME ainda deve passar por uma consulta pública antes de ser oficialmente submetida ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Fonte ligada às distribuidoras de combustíveis considera a meta proposta “razoável”, mas lembra que há pelo menos três anos as distribuidoras apresentam estudos realizados em parceria com universidades do País apontando problemas no RenovaBio. Entre as falhas, as pesquisas sugeriam déficit de CBios a partir de 2023.

O setor afirma já ter mostrado que não teria nível de produção de CBios suficiente para atender às metas. A solução era ou incluir novas fontes emissoras dos títulos ou reduzir as metas. Para aliviar essa pressão do mercado, o setor avalia que a diminuição sugerida pelo MME deveria ser mais expressiva. A redução proposta pelo MME foi menor do que o setor de distribuição esperava. Não foi especificada qual seria a “meta ideal”. A escalada dos preços do CBios, que motivou o adiamento das metas de 2022, indica que há um problema de oferta e demanda no setor. O objetivo proposto para 2023, apesar de menor, será difícil de cumprir e impacta diretamente o preço, podendo ocasionar um novo aumento acelerado dos preços dos CBios. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.