28/Out/2022

Segundo o MB Associados, as incertezas provocadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia quanto à disponibilidade de petróleo devem fazer com que o governo brasileiro mantenha a isenção de PIS/Cofins sobre combustíveis fósseis após o dia 1º de janeiro. Enquanto o risco provocado pela guerra estiver presente, retornar com o imposto não faz sentido, pelo menos no primeiro semestre. A retomada da cobrança dos impostos federais para combustíveis fósseis tem sido uma demanda do setor sucroenergético, que observou o diferencial competitivo de biocombustíveis reduzir desde que o governo decidiu zerar as alíquotas.

Qualquer que seja o presidente eleito no dia 30 de outubro, a postura tende a ser a de adiamento da medida. O cenário é de postergação da isenção. O governo deve esperar passar o pior momento da situação europeia. Em âmbito global, o mercado de açúcar e etanol deve se preparar para um processo de alta de juros mais agressivo. A taxa de desemprego está muito acelerada nos Estados Unidos, o que leva a economia norte-americana a um cenário inflacionário bastante complexo. Quanto ao mercado europeu, os sinais são ainda mais complicados pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. O Banco Central Europeu deve subir os juros com força, tanto quanto o Federal Reserve (banco central norte-americano). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.